O Karma é… na Rua do Carmo. Após várias edições em locais ao ar livre e de uma edição de inverno em espaços fechados, esta edição do Festival é num sítio muito especial para a organização, a Quinta da Prebenda. Nuno Leocádio, do Carmo’81, fala num momento de festa. É já amanhã, e nos dias 6 e 7.
O destaque desta sexta edição vai para o espetáculo “Fenótipo Musical Extra”, um trabalho inclusivo desenvolvido pelo Carmo’81 com direção artística de Ana Bento, João Pedro Silva e Bruno Pinto. Em conjunto com os utentes da AvisPT21 – Associação de Viseu de Portadores de Trissomia 21 – o Carmo’81 desenvolveu um projeto que propõe capacitar jovens adultos portadores de Trissomia 21 através da música. A acompanhar os utentes no espetáculo que acontece amanhã, dia 5 de setembro, está a companhia Dançando com a Diferença. O objetivo é promover a responsabilidade de cada participante enquanto artista, consciente da responsabilidade de apresentar ao público um objeto artístico profissional e inesperado de forma a demonstrar as suas competências.
No dia 6, sexta-feira, Tiago Sousa dá início à noite pelas 22h00. Compositor, pianista e organista, despertou a atenção e fascínio do público melómano com o seu discurso musical articulado entre a composição contemporânea e o minimalismo em álbuns como Insónia (2009), Um Piano nas Barricadas (2016), Oh Sweet Solitude (2020) ou Ripples on the Surface (2022).
Às 23h00m, acontece o concerto de Miss Universo. Criada por André Ivo e Afonso Branco, a banda estreou-se nos lançamentos com os singles “Ser Português” e “Canção da Rua”, estando agora a preparar o seu primeiro álbum, a sair no final do verão deste ano.
O segundo dia do evento termina às 00h00m com o primeiro concerto em Viseu de José Pinhal Post-Mortem Experience. Com o desígnio de homenagear a obra deste lendário cantor, este projeto musical surgiu em 2016, integrando membros da Favela Discos, Bruno de Seda e Suave Geração.
No último dia do Karma É… , dia 7 de setembro, a tarde arranca às 17h00m com o coletivo Polyester para quem será criado um espaço próprio para a fruição sonora experimental dos seus projetos.
Pelas 19h00m, há confronto: Nem Ele Nem Ela, num desafio em que nem Ele (Bruno Marques) passa som, nem Ela (Liliana Bernardo) canta, ambos o fazem como se de um duelo entre o casal se tratasse.
A noite começa às 22h00m com Unsafe Space Garden, a banda dos mil nomes do infantilismo e colorismo. Ao misturar a sua peculiar forma de protesto existencial usando os ingredientes do humor, da energia, da cor, do absurdo, do caos e da intimidade, o momento de embate ganha a qualidade de “experiência” e deixa de ser só “mais um concerto”.
Às 23h00m atua Fanfarra Kaustika, um projeto que funde várias sonoridades e estilos de forma única e inovadora.
Pedro da Linha encerra o Karma é… com um concerto às 00h30m. Um dos nomes mais importantes na renovação da música nacional, enquanto produtor e compositor foi responsável pelos últimos trabalhos de Ana Moura, Eu.Clides ou Pedro Mafama.
2024 marca o regresso de Pedro da Linha à música autoral, com vários lançamentos previstos até ao final do ano, que irão culminar num novo disco, a sair no início de 2025.
Nuno Leocádio, do Carmo’81, descreve o Karma é como “acessível, inclusivo, abrangente, eclético e de entrada livre”.
