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Paula Silva e Isabel Martins
O Dia Mundial da Obesidade, anteriormente comemorado a 11 de outubro, é agora celebrado a 4 de março.
?A prevenção ?é a melhor abordagem para conter a obesidade, o que implica uma aposta ?na implementação de políticas de saúde pública promovendo uma intervenção adequada atempada.
Foi publicado em 2023, pela Secretária de Estado da Promoção da Saúde, o Despacho n.º 12634/2023 que determina a implementação de um Modelo Integrado de Cuidados para a Prevenção e Tratamento da Obesidade. Este despacho encontra-se alinhado com os objetivos estratégicos do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável 2022-2030 e insere-se no conjunto de esforços que Portugal se encontra a desenvolver para intensificar a resposta à obesidade.
O excesso de peso, que inclui a pré-obesidade e a obesidade, atinge 67,6 % da população adulta portuguesa e a obesidade apresenta uma prevalência de 28,7 %. A obesidade, enquanto doença crónica constitui um fator de risco para outras doenças crónicas. Segundo dados de 2019 do Instituto Nacional de Estatística, 17,4% das mulheres e 16,4% dos homens em Portugal, sofrem de obesidade. Para a Organização Mundial da Saúde, a obesidade define-se através da avaliação do Índice de Massa corporal igual ou superior a 30 Kg/m2.
Várias mulheres e homens terão pré-obesidade e obesidade no período fértil, o que poderá ser uma causa de infertilidade ou, então, de problemas futuros até para o recém-nascido. A obesidade está relacionada com a infertilidade uma vez que se associa a problemas como a não ovulação, distúrbios menstruais, aborto espontâneo e resultados adversos da gravidez.
O planeamento de uma gravidez, principalmente em mulheres com pré-obesidade e obesidade, e a intervenção ao nível da modificação de estilos de vida, como perda de peso e prática de atividade física (se sem contraindicações) poderá influenciar positivamente a conceção.
No período da gravidez, o aumento do peso é algo natural, e tal acontece devido a vários fatores como a formação da placenta, líquido amniótico, crescimento do bebé, entre outros. Perante isso, e para equilibrar os benefícios do crescimento saudável do bebé e minimizar complicações para a mãe no parto e pós-parto, estão preconizadas recomendações para um ganho de peso adequado na gravidez de acordo com o IMC pré-gestacional da mulher. O ganho de peso na gravidez é fisiológico e desejável, contudo, quanto maior o excesso de peso de uma grávida, menor é o aumento de peso recomendado.
Na grávida, a obesidade pode levar ao desenvolvimento de diabetes gestacional e pré-eclâmpsia (ou doença hipertensiva da gravidez que se caracteriza, resumidamente, por pressão arterial elevada e pode acarretar sérias complicações se não tratada) conduzindo a uma maior probabilidade de ocorrência do parto por cesariana.
No que concerne ao recém-nascido, há maior probabilidade de nascer macrossómico (com mais de 4kg de peso corporal) e grande para a idade gestacional com consequente risco de desenvolver doenças crónicas como a diabetes ao longo da sua vida.
Assim, sempre que possível, deve planear-se a gravidez de forma a se conseguir otimizar o peso da mulher; a atividade física; o consumo alimentar; a suplementação vitamínica e mineral, a segurança alimentar (na manipulação dos alimentos e nas possíveis toxi-infeções), a possível eliminação do consumo de substâncias prejudiciais como o álcool, o tabaco, entre outras e a promoção da fertilidade. Inclusive, as mulheres em idade fértil que pretendam engravidar devem ser aconselhadas sobre todos os riscos associados à obesidade na gravidez de forma a perceberem que, de facto, a manutenção de um peso saudável será sempre mais benéfica para a conceção e para a futura gravidez. Assim, o enfermeiro especialista de saúde materna pode ter um contributo essencial na conscientização das mulheres em idade fértil/grávidas para a mudança de estilos de vida (alimentação, exercício físico e consumo de substâncias) por forma a prevenir a obesidade.
Em suma, a elevada prevalência da obesidade não só em Portugal, mas a nível mundial, apresenta um forte impacto económico e social, na medida em que o custo associado ao seu tratamento tem um elevado peso nas despesas em saúde e também tem impacto ao nível da produtividade. É, por isso, urgente investir em políticas que promovam estilos de vida saudáveis.
Esta comemoração visa assinalar a importância da promoção da alimentação saudável enquanto estratégia com extrema relevância para a prevenção desta doença. A prevenção é essencial para salvar vidas e para evitar as perdas económicas da obesidade.
Paula Silva
Isabel Martins
Enfermeiras Especialistas de Saúde Materna e Obstétrica
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