Foto Igor Ferreira
A escola de queijeiros de Viseu já abriu as portas esta manhã de sexta-feira (6 de novembro). São dez os alunos que frequentam a turma, que vai aprender tudo sobre a produção do queijo Serra da Estrela na Escola Superior Agrária (ESAV) e em queijarias da região.
Os estudantes, alguns mesmo oriundos do distrito vizinho da Guarda, já se mostraram confiantes com a aprendizagem que irão tirar na nova escola. Uma dessas alunas é Anabela Machado, que vive em Gouveia. Em declarações ao Jornal do Centro, esta mulher considera que o mais importante é obter mais conhecimento sobre os queijos.
“Achei engraçado e interessante ter os queijos em modo biológico, já que eu trato dos animais como trato das minhas frutas. Assim, inscrevi-me nesta escola para qualificar-me e ter mais conhecimento”, diz a mulher que vai fazer queijo artesanal e biológico de cabra e ovelha.
Já Daniel Fonseca, que vem de Seia, diz que está nesta escola porque quer produzir o seu próprio queijo. “Já sou produtor de leite Serra da Estrela e gostaria de complementar a minha atividade”, refere.
“Tenho os conhecimentos básicos, adquirindo-os em casa e falando com pessoas com o qual trabalho, mas acho que é importante saber todos os procedimentos e a legislação, porque não basta apenas fazer a prática. Há coisas que nos passam um pouco ao lado no fabrico e vimos aqui aprofundar todo o conhecimento”, explica.
O presidente da ESAV, António Monteiro, acredita que esta escola de queijeiros pode ajudar a promover um dos melhores produtos da região, formando produtores que contribuam para a economia regional.
“Queremos formar pessoas com competências para elaborar o queijo Serra da Estrela. Oitenta horas de formação serão a semente, mas são suficientes para depois germinar aqui o sucesso que pretendemos nesta região, cativando e fixando pessoas que contribuam para a economia através dos nossos produtos locais”, diz. O responsável frisa que a região tem “potencial económico e turístico”.
Ao todo, a nova escola de queijeiros vai juntar 21 alunos nos politécnicos de Viseu e de Castelo Branco.
A formação surge no âmbito do Programa de Valorização da Fileira dos Queijos da Região Centro, tendo como objetivo a capacitação para o conhecimento das principais técnicas de produção de queijo de Denominação de Origem Protegida (DOP), nas regiões da Serra da Estrela, Beira Baixa e Rabaçal.
Os formandos têm como média de idade 44 anos e formação académica desde o antigo 5.º ano até ao doutoramento.

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