Foto Arquivo Jornal do Centro
O Parlamento aprovou esta terça-feira (30 de junho) a suspensão da devolução dos manuais escolares entregues aos alunos para o último ano letivo, que acabou na passada sexta-feira (dia 26). A proposta foi feita pelo CDS.
A medida teve os votos contra do PS e os favoráveis dos restantes partidos e integra o conjunto de alterações à proposta de Orçamento do Estado Suplementar, que começou a ser discutida e votada na especialidade.
Ao Jornal do Centro, o viseense Rui Martins, presidente da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE), aplaude esta decisão e fala de uma “boa notícia”.
“Nós já tínhamos proposto ao Governo para repensar e para que o diploma fosse revogado, porque se pretende mitigar a falta de aprendizagens que decorreu no último período letivo. Sentimo-nos satisfeitos. É uma ajuda importante porque todas as ajudas são bem-vindas”, afirma.
O dirigente estima que “serão muito mais” os alunos que ainda vão precisar dos livros escolares e que, portanto, o Governo só tem de aceitar a decisão dos deputados. “Se esta decisão foi tomada, o Governo só tem de acatar, até porque os manuais serão devolvidos a seu tempo”, diz.
O Parlamento também aprovou a redução da mensalidade das creches para quem perdeu rendimentos com a Covid-19, proposta pelo PCP e pelo Bloco de Esquerda.
Rui Martins, que é também dirigente da Federação Regional das Associações de Pais de Viseu, diz que as famílias precisam de vários apoios para fazer face à crise.
“Infelizmente, é a realidade que estamos a viver. As pessoas estão a precisar cada vez mais de ajuda, em virtude do desemprego com que muitas delas foram confrontadas. Isto enquadra-se perfeitamente como medida de apoio, a juntar a tantas outras que precisamos como cidadãos e contribuintes”, conclui.

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