A Chocolataria Delícia está a fazer sucesso com o chocolate mais procurado…
A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
Em Videmonte, a arte de fazer pão é mais do que uma…
Os últimos anos de António Lucas têm sido vividos a formar atletas de taekwondo no Taekwondo Clube do Dão. Mestre no clube de Penalva do Castelo, confessa ao Jornal do Centro, realizar-se pessoal e desportivamente a passar ensinamentos, ensinar movimentos. A formar, de forma resumida.
Este fim de semana, no entanto, António Lucas avançou, vários anos depois, para uma competição internacional da modalidade. Foi em Espanha no IX Open Internacional de Taekwondo Ciudad de Plasencia. A comitiva com sete atletas saiu de Penalva do Castelo e rumou ao centro de Espanha.
Este ano, como conta António Lucas, é já a terceira vez que o Taekwondo Clube do Dão participa em torneios espanhóis. “Desta vez foi um open internacional que juntou 700 atletas. Um atleta ganhou o ouro, outra venceu a prata, outra o bronze. Num plano geral foi muito positivo. Continuamos a fazer o mesmo trabalho arduamente e os frutos acabam por aparecer”, descreve. Angelania Rabelo conquistou a prata, Alessandra Ghelman conseguiu o bronze. Raquel Lucas e Bruno Oliveira ficaram em quinto lugar, Gabryel Rabelo e Guylhermy Rabela ficaram em nono.
O atleta que venceu a medalha de ouro foi precisamente António Lucas. A conquista de Espanha foi, então, um regresso às vitórias por parte de António Lucas que, nos últimos tempos, tem-se focado na formação de jovens atletas do Taekwondo Clube do Dão.
O mestre confessa ao Jornal do Centro que ter avançado para a competição nesta prova em Espanha foi uma promessa que fez à filha. “A Raquel tem competido várias vezes e senti que ela poderia estar a entrar numa fase de desmotivação por estar a avançar para várias provas. Fiz quase um pacto com ela. Prometi-lhe que voltaria a competir se a ajudasse também a continuar a treinar. Eu estive parado alguns anos e tive de me preparar durante cerca de um mês para esta prova que acabou por correr bem. O meu objetivo não era ganhar, por acaso correu bem, foi mais no sentido de motivar a minha filha e fazê-la entender que, se o pai também se esforça, ela fica a perceber que as coisas são possíveis e acaba por me acompanhar, também”, explica.
Há vários anos dedicado à formação de talentos no taekwondo, António Lucas garante que ver os alunos a triunfar é ainda mais positivo como ganhar ele próprio uma medalha. “A conquista é fruto indireto do meu trabalho. Ao ensinar, preparar, fazer-lhes entender o que é que é necessário que façam e que acreditam no que dizes. A minha satisfação é muito maior quando vejo os atletas que passam por mim, chegam longe e têm conquistas relevantes do que propriamente o meu sucesso individual”, assegura.
Recentemente, Taekwondo Clube do Dão e Instituto Politécnico de Viseu (IPV) assinaram uma parceria. Os atletas que quiserem entrar na modalidade ou dar continuidade à prática desportiva no taekwondo podem fazê-lo nas instalações do IPV.
Sobre esta ligação com o Politécnico, António Lucas frisa que ambas as instituições ganham. “Tem superado mesmo muito as expectativas. Estamos há um mês e pouco com esta ligação e já temos muitos atletas a treinar lá. É um sinal claro de que há pessoas atentas ao trabalho que fazemos e da aposta do Instituto Politécnico de Viseu no desporto universitário”, vinca.
E para o futuro, deixa uma certeza. Acredito que já na próxima época desportiva, quer ao nível do campeonato universitário, quer em campeonatos nacionais e até internacionais, vamos ter alguns atletas vindos do Politécnico a trazer resultados para Viseu. Tenho quase 100% de certeza de que sim, de que vai haver bastantes surpresas e que vão ser boas”, antecipa o mestre.
No IPV há sessões de treino às segundas e quartas. Além de Viseu, o clube de taekwondo tem ainda presença desportiva em Penalva, sede da instituição, clube, e ainda Mangualde e Nelas. “Quem treina com regularidade em Penalva do Castelo, se quiser ir às segundas-feiras ao Politécnico, vai lá treinar. Acaba por ser melhor para todos porque podem treinar com outros atletas, evoluem até mais”, remata António Lucas.