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Margarida Benedita
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A PSP inicia esta segunda-feira (14 de outubro) a operação “Bullying é para fracos” junto da comunidade escolar em todo o território nacional, promovendo ainda uma campanha nas redes sociais para aumentar o conhecimento sobre este fenómeno e fomentar a sua rejeição.
Em comunicado, a PSP explica que, no ano letivo 2023/24, nas mais de 2.900 ocorrências criminais registadas pelas equipas do Programa Escola Segura (EPES), 134 estão relacionadas com situações de ‘bullying’ e 30 com casos de ‘cyberbullying’.
A operação deste ano decorre até 25 de outubro e abrange os estabelecimentos de ensino do 1.º ao 3.º ciclos, assim como do ensino secundário, envolvendo crianças e jovens dos seis aos 18 anos de idade.
Além das ações de sensibilização junto da comunidade escolar – direcionadas para alunos, pais/encarregados de educação, professores e auxiliares –, decorrerá uma campanha nas redes sociais com partilha de conteúdos sobre como identificar o fenómeno e ajudar as vítimas deste tipo de crime.
No domingo (20 de outubro), assinala-se o Dia Mundial de Combate ao Bullying, mas a PSP sublinha que a luta contra este fenómeno “não se cinge a uma data isolada nem a um grupo restrito de pessoas”, pois tem de ser “diária e constante” e a responsabilidade cabe a toda a comunidade.
O ‘bullying’ é utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por uma ou mais pessoas no contexto de uma relação desigual de poder, causando dor e angústia na(s) vítima(s).
“Muitas crianças e jovens têm de lidar diariamente com este problema suscetível de interferir, de forma negativa e com grande impacto, no seu crescimento físico, emocional e psicológico”, explica a Polícia de Segurança Pública.
Num mundo cada vez mais digital, associado ao crescente recurso às novas tecnologias numa fase mais precoce da vida das crianças e jovens, o ‘bullying’ tem assumido novos contornos, nomeadamente no domínio das redes sociais, passando o fenómeno a chamar-se do ‘cyberbullying’.
Este tipo de vitimização poderá ocorrer durante bastante tempo até ser notado e/ou denunciado, uma vez que é passível de ocorrer de forma dissimulada ou de ser desvalorizado, contribuindo de forma significativa para a degradação do sentimento de segurança, especialmente no seio da comunidade escolar.
Além de aumentar o conhecimento sobre estes fenómenos, a operação da PSP pretende fazer crescer o sentimento de intolerância e de rejeição para com as práticas de ‘bullying’ e fomentar a confiança nas capacidades das autoridades para intervir e lidar de forma eficaz com este problema.
Pretende ainda captar a atenção dos pais, educadores e outras testemunhas, aumentando a confiança na denúncia aos polícias da Escola Segura para ajudar a resolver o problema.
Só no último ano letivo, foram realizadas mais de 6.600 ações (+6,8% do que no ano anterior 2022/2023), abrangendo um total de 132.307 alunos.
Na nota hoje divulgada, a PSP apela à denúncia destas situações, podendo estas ser feitas em qualquer esquadra ou através do e-mail escolasegura@psp.pt.