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O Rei faz anos. E não são poucos. 631!!! Sim, D. Duarte, o rei de Viseu (nasceu a 31 de outubro de 1391) está de parabéns, uma festa que a Junta de Freguesia já começou a celebrar há três anos e que continua esta segunda-feira (ver a Viseu celebra hoje os 631 anos do rei D. Duarte o programa). Mais uma iniciativa para dar a conhecer o monarca que ensinou as regras de ética e que as deixou em testamento às gerações futuras com o seu livro “O Leal Conselheiro”.
Diz-se de D. Duarte ter sido um rei fraco, fechado, sombrio. Aponta-se-lhe uma doença depressiva nervosa, o “mal menecórico”, como o próprio lhe chamou. Morreu a 13 de setembro de 1438, ao que tudo indica vítima da peste, aos 42 anos, depois de apenas cinco anos de reinado.
Dizem os historiadores que D. Duarte tinha uma personalidade “complexa”. Há quem afirme ter-se tratado de um monarca com pouca garra, mas é unânime que foi um rei que “revelou uma enorme lucidez, bem como uma grande capacidade de trabalho” e “provou ser dotado de uma inteligência arguta que colocou desde cedo ao serviço da governação”. (in Leal Conselheiro de Dom Duarte edição e notas de João Manuel Ferreira da Fonseca)
Filho de D. João I e de D. Filipa de Lencastre, D. Duarte, o duque de Viseu, ainda jovem participou na conquista de Ceuta. Em 1428 casou com D. Leonor de Aragão, a sua “amada Rainha e Senhora”. Com a morte de D. João I, subiu ao trono a 14 de agosto de 1433. Teve um curto reinado de apenas cinco anos, mas que ficou marcado pela política externa entre Portugal e os diferentes reinos europeus. Apoiou as navegações atlânticas e foi durante o seu reinado que Gil Eanes dobrou o Cabo Bojador.
Na política interna, D. Duarte optou por manter as estratégias governamentivas do seu pai. Ficou conhecido por convocar as Cortes (o órgão consultivo da altura) várias vezes e por promulgar a Lei Mental que visou a centralização do poder e a defesa do património régio.
Mas foi como o “Eloquente” ou o “Rei Filósofo” que toda a sua atuação ficou conhecida. Um monarca literário, cujas maiores obras são o “Livro da Ensinança de Bem Cavalgar Toda a Sela”, e que se encontra na Biblioteca Nacional de França, e o “Leal Conselheiro” que reflete a sua experiência e aborda temas de ordem social, moral e política.