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A diabetes mellitus é uma doença cada vez mais prevalente no mundo. Em 2021, atingiu 11,6% das mulheres e 16,8% dos homens em Portugal, surgindo 680 novos casos por cada 100 000 habitantes, segundo os dados do Observatório Nacional da Diabetes.
Esta doença é caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). A longo prazo esta vai induzir complicações na circulação, nervos, rins, olhos, pele, alterações da imunidade, entre outras. O pé diabético é precisamente uma das complicações da diabetes. Os elevados níveis de glicose provocam danos nos nervos (neuropatia periférica) e vasos (doença arterial periférica) dos membros inferiores.
Na neuropatia periférica surgem diminuição da sensibilidade, formigueiros ou dor. São típicas ainda as alterações da morfologia do pé com deformidade da planta do pé, dedos e unhas, surgindo calos em zonas de pressão.
Na doença arterial periférica há diminuição da circulação sanguínea, ficando o pé frio e seco com dor e dificuldade na cicatrização das úlceras. A diabetes provoca ainda uma diminuição das defesas, o que aumenta o risco de infeção das feridas. Este conjunto de alterações predispõe ao aparecimento de úlceras, dificuldade de cicatrização de feridas, infeções graves, gangrenas e fraturas. Nos casos mais graves há necessidade de amputação.
De modo a minimizar as consequências de pé diabético é importante uma abordagem multidisciplinar, que envolve profissionais de saúde de várias áreas: Cirurgia Geral, Medicina Interna, Endocrinologia, Podologia, Enfermagem, Cirurgia Vascular, Ortopedia e Nutrição.
Esta abordagem passa pelo controlo da diabetes e pela prevenção e tratamento precoce do pé diabético. O doente com diabetes deve ser avaliado quanto ao risco de desenvolver lesões com um exame clínico periódico dos pés. Este exame permite detetar problemas como calos, unhas encravadas, micoses, úlceras, deformações, diminuição da circulação e alterações da sensibilidade. Pretende-se, além disso, ensinar ao doente com diabetes e aos seus familiares como deve cuidar dos seus pés e quais os sinais de alarme que devem motivar a procura de cuidados de saúde.
Aline Gomes, médica especialista em Cirurgia Geral no Hospital CUF Viseu
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