Cordeiros de Deus | Joana Linda
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Peça “Cordeiros de Deus ou soldados da esperança” pensa sacrifício como ato de libertação

A partir da iconografia religiosa, Elmano Sancho tem como ponto de partida o sacrifício de Isaac pelo seu pai, Abraão, no Antigo Testamento, para questionar até que ponto há "uma família perfeita"

 Peça "Cordeiros de Deus ou soldados da esperança" pensa sacrifício como ato de libertação
11.10.24
fotografia: Teatro Viriato | Joana Linda
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 Peça "Cordeiros de Deus ou soldados da esperança" pensa sacrifício como ato de libertação
11.10.24
Fotografia: Teatro Viriato | Joana Linda
 Peça "Cordeiros de Deus ou soldados da esperança" pensa sacrifício como ato de libertação

A peça “Cordeiros de Deus ou soldados da esperança”, de Elmano Sancho, que sobe ao palco do Teatro Viriato esta sexta-feira (11 de outubro), reflete sobre o que é o sacrifício, considerando-o um ato de resistência e libertação.

A partir da iconografia religiosa, como é hábito nos seus espetáculos, desta vez Elmano Sancho tem como ponto de partida o sacrifício de Isaac pelo seu pai, Abraão, no Antigo Testamento, para questionar até que ponto há “uma família perfeita”.

A partir do oratório da Sagrada Família, onde pontuam as figuras de Jesus, Maria e José – “e que supostamente são a família para que [se deve] caminhar” – nesta peça Elmano Sancho questiona o sacrifício.

“Obviamente que isto remete obrigatoriamente para os Cordeiros de Deus, para o sacrifício que Abraão fez com o seu filho Isaac que depois foi substituído por um cordeiro e que representa na verdade a crença em algo que é maior que a existência humana”, frisa o encenador.

“Cordeiros de Deus ou soldados da esperança” é um espetáculo onde o sacrifício é pensado “como algo que possa transformar o ser humano e o mundo”, acrescentou.

Daí que o dramaturgo e encenador, que também interpreta, tenha associado o sacrifício aos “soldados da esperança”, equacionando também algumas pessoas do “século XX e XXI que lutaram para um bem comum e que, de alguma forma, se sacrificaram individualmente em prol de um sacrifício coletivo”.

Apoiado em artistas como David Wojnarowicz, Nan Goldin, Francis Bacon, Angelica Liddell, Pier Paolo Pasolini, o historiador René Girard, nas teorias da filósofa Anne Dufoumantelle e na história das gerações perdidas, o texto da peça é estruturado em dez quadros, cada um representando um período da história.

“O que estou a questionar é como é que nos podemos tornar soldados da esperança, como é que podemos caminhar e encontrar uma causa para a qual a nossa vida faça sentido ainda que seja de proposta individual que possa beneficiar o coletivo”, realça Elmano Sancho.

Questionado sobre por que motivo os seus espetáculos acabam sempre por ter um cariz religioso, Elmano Sancho disse que, embora não seja “ninguém para falar da região”, nem seja um “espetáculo religioso”, são esses os temas que lhe interessa tratar.

Até porque a iconografia religiosa acaba por ser sempre uma “inspiração” ainda que não saiba “se é crente” ou em quê apesar de se “esforçar para acreditar”.

“Cada vez mais precisamos dos soldados de esperança e cada um de nós tem de formar um pequeno soldado da esperança porque se não o que é que nos resta”, questionou.

“Não nos resta nada. Resta-nos apenas a violência, e o sacrifício não deixa de ser também sinónimo de diálogo”, enfatiza.

A cenografia é de Samantha Silva, os figurinos de Ana Paula Rocha, e o desenho de luz de Pedro Nabais. A interpretar estão também Custódia Gallego, Duarte Melo, Lucília Raimundo e Rafael Carvaljo.

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