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Margarida Benedita
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Rita Mesquita Pinto
Para quando a anunciada nova Escola Superior Agrária?
A Escola Superior Agrária está englobada numa atribuição de dinheiros numa candidatura do Plano de Resiliência e Recuperação. Fizemos uma candidatura que rondava cerca de 12 milhões e calhou-nos quatro milhões e 200 mil euros. Deste valor, cerca de 2,5 milhões de euros são para a Escola Agrária e o restante para a formação para jovens e adultos e que se engloba na nossa política de trazer mais gente para dentro do Instituto, sejam formações de curta ou maior duração. Queremos chegar aos oito mil alunos nos próximos anos e o ideal seria em 2030 ter 10 mil alunos.
No caso da Escola Superior Agrária, nós fizemos o concurso, foi escolhido o gabinete de arquitetura que tem já o projeto na fase final. A Escola ficará onde está a atual e esperamos lançar o concurso em agosto. Temos um timing para edificação até ao final de 2023 e se tivermos concorrentes, porque hoje as dificuldades em termos de empresas são enormes, será uma realidade. Esperamos que seja mais um motivo grande para chamar novos alunos para o instituto.
Até porque a nossa política institucional é abarcar o território quase na totalidade. Se pudéssemos fazê-lo, palmilhávamos concelho a concelho.
Para além de Lamego onde o Instituto Politécnico tem já um pólo?
Lamego cresceu bastante nos últimos anos. Temos cerca de 600 alunos e é uma escola que já se consolidou. Fruto disto optámos por deslocalizar alguns dos Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP) que funcionavam em Lamego para concelhos vizinhos. Neste caso, dois irão funcionar em Moimenta da Beira e outros dois em Sernancelhe, num acordo feito com os municípios. Aprovámos também a criação de um novo CTeSP em S. Pedro do Sul. Aguardamos só que a Direção Geral do Ensino Superior aprove.
Em condições normais, poderemos no próximo ano ter três novos concelhos com ensino superior no território. O nosso desejo é ter mais concelhos onde possa haver novas oportunidades para fidelizar gente que vem do ensino secundário e profissional e depois continuar no primeiro ciclo e nos mestrados. Este é o grande desafio que temos pela frente.
Face ao número de estudantes que deixam o ensino secundário e profissional sem ingressar no ensino superior – e estamos a falar de cerca de 1500 por ano – se nós fossemos buscar 200 ou 300 cada ano teríamos um potencial de crescimento enorme, até porque somos o único instituto de ensino superior no distrito.
O grande desafio que eu digo aos políticos e dirigentes institucionais que quem defende o território tem de agir como tal.
O IPV tem 94 cursos e isto é muito significativo. São poucas as áreas onde não temos gente competente. Temos quase 80 por cento do nosso quadro docente doutorado. Criámos estas condições e por isso temos de potenciar o que temos no território, valorizar estas pessoas é valorizar o talento localmente.
É importante nesta política do Instituto a nomenclatura Universidade Politécnica?
A universidade politécnica tem vários objetivos. Infelizmente, existe algum estigma quando se fala em politécnicos e universidades. Mas hoje não existe grande diferença em termos de formação no quadro docente. Agora no momento da escolha ainda há esse estigma.
O IPV é mobilizador e até estamos bem classificados em alguns rankings, mas dar este nomenclatura ajuda internamente mas, sobretudo, ajuda na ligação ao mundo exterior.
Quando, por exemplo, tentamos fazer consórcios internacionais as coisas ficam mais difíceis porque falta lá a palavra universidade que é facilitadora desses protocolos.