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Docentes e técnicos do departamento de Engenharia Eletrotécnica do Instituto Politécnico de Viseu (IPV) estão a desenvolver o seu equipamento técnico didático, poupando milhares de euros à instituição.
“Os equipamentos didáticos são, por norma, muito caros e, neste momento há limitações no ensino superior quanto às verbas e a única forma que temos para ultrapassar isso é desenvolvermos os nossos próprios equipamentos”, assumiu à agência Lusa o diretor do departamento de Engenharia Eletrotécnica da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu.
António Ferreira sublinhou que a criação do equipamento didático representa uma “poupança substancial” para a instituição, mas é também “uma forma de técnicos e professores aplicarem o seu conhecimento e competências”, o que também é um “motivo de orgulho” para alunos e escola.
O compromisso do departamento é “formar profissionais de excelência” para que sejam “preferência para empresas que procuram captar recursos humanos altamente qualificados e preparados para os desafios” do mercado, acrescentou.
O técnico superior Paulo Correia, que tem construído juntamente com professores do departamento de Engenharia Eletrotécnica os equipamentos, disse à agência Lusa que a “poupança é enorme”.
“Por exemplo, um desses equipamentos tem um custo de mercado de quatro mil euros e nós construímo-lo por 500 euros e com funções mais específicas para o que nós pretendemos para as aulas e para os alunos, em função das necessidades, enquanto os de mercado são mais genéricos”, detalhou.
Com este trabalho “há uma redução de custos na ordem dos 70% a 80%, porque o material didático é muito caro, apesar de não ser comprado todos os anos, mas vai envelhecendo ou queimando, portanto, há uma mais-valia” significativa, sublinhou Paulo Correia.
O trabalho começou a ser desenvolvido em 2023, mas “foi em 2024 que foram feitos mais equipamentos que têm a vantagem de serem mais específicos, do que os que se compram, são feitos à medida das necessidades” do departamento.
“Pelas minhas contas, ao longo deste tempo, já conseguimos poupar cerca de 30 mil euros na construção dos 15 a 20 equipamentos didáticos que fizemos”, contabilizou Paulo Correia.
Da lista do que já foi construído constam cinco sistemas de ensino de energias renováveis, de cargas, de medição e análise de energia elétrica, de autómatos e de transformadores.
O sistema de energias renováveis, por exemplo, é um “equipamento inovador que permite a simulação e análise de sistemas de energia limpa, capacitando os alunos com conhecimentos teóricos e práticos sobre fontes renováveis”, refere o Politécnico numa nota de imprensa.
O presidente do IPV, José Costa, destacou à agência Lusa que “o mais importante é ser algo inovador e facilitador da aprendizagem e a inovação, com o conhecimento, que é mais extraordinário nas instituições de ensino”.