O Jornal do Centro mantém-se independente para servir a sua comunidade. Mas…
Está a pensar renovar o seu apartamento? Neste episódio de Missão Possível,…
Não me meteram na escola porque fazia falta a guardar cabras”. Esta…
O Instituto Politécnico de Viseu (IPV) vai ter um centro de inovação dedicado ao setor automóvel no Campus Politécnico. O anúncio foi feito recentemente pelo presidente do instituto, José Costa, que falou num investimento de 7 a 8 milhões de euros.
Em entrevista ao Ensino Magazine, o responsável referiu que o IPV irá assinar um protocolo de cedência de superfície para permitir a criação do espaço no campus e que será lançado em breve o concurso de construção do Centro de Tecnologia e Inovação dedicado à área automóvel, um dos 31 que vão ser criados em todo o país.
O IPV vai realizar este projeto em colaboração com o Politécnico da Guarda e com as universidades de Coimbra, Porto e Beira Interior.
“Será algo muito inovador, onde a investigação estará sempre muito presente e que nos permite, simultaneamente, poder partilhar espaços. Esta ligação entre o sistema científico e o mundo das empresas será uma imagem de marca que, no âmbito secundário e do ensino profissional, nos ajuda a atrair novos estudantes”, realçou José Costa.
O IPV também quer abrir o seu campus à cidade com a criação de um espaço comunitário ao ar livre. José Costa anunciou que o Campus Politécnico vai passar a chamar-se de “Jardim Campus Politécnico”. O objetivo é fazer com que as pessoas “possam desfrutar” do espaço onde o IPV está sediado.
“Temos o master-plano do Campus elaborado. Queremos que se olhe para o Politécnico como um espaço de vida permanente, numa simbiose e numa reciprocidade perfeita entre o mundo do ensino e o mundo da comunidade. O desafio é que o Politécnico seja realmente da comunidade e para a comunidade”, disse.
O projeto também faz parte dos planos que o IPV tem para renovar o campus localizado na zona de Jugueiros. O objetivo é, explicou José Costa, “dar uma nova harmonia” ao espaço onde o Politécnico está sediado.
“Se nós não criarmos melhorias significativas para que as pessoas gostem de estar aqui presencialmente, dificilmente atrairemos novos estudantes. Ou seja, temos que ter as instalações melhoradas”, disse lembrando que o IPV já investiu na criação de duas salas de estudo que vão abrir 24 horas por dia e na requalificação dos campos de ténis dos campus.
O presidente do instituto recordou também os projetos da nova Escola Superior Agrária, num investimento de 4,8 milhões de euros cujo concurso terminou em fevereiro, e da nova residência de estudantes que, juntamente com a requalificação das outras, irá custar cerca de 11 milhões de euros.
José Costa garantiu ainda que o IPV quer aumentar o número de alunos, que atualmente ronda os cerca de 6300, e fidelizar os estudantes do distrito através das licenciaturas e dos cursos técnicos superiores profissionais. Uma meta que vê como um “enorme desafio” devido à elevada população escolar que frequenta o ensino secundário na região.
“Estamos num território cujo número de estudantes que frequentam os 10.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade nos permite, se trabalhamos bem e de uma forma adequada, poder recrutar e atrair o número de estudantes que colocamos no concurso nacional de acesso. Não nos podemos dar ao luxo ou permitir que cerca de 1500 estudantes que saem do ensino secundário e profissional não prossigam aqui os seus estudos”, vincou.
Para este ano, o IPV tem um orçamento de 39 milhões de euros, revelou ainda José Costa.