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Os preços da habitação desceram 12,9 por cento na região Viseu Dão Lafões no segundo trimestre deste ano, face ao mesmo período de 2022. Os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para um valor médio de 664 euros por metro quadrado, um número que é inferior em comparação com os 762 euros do ano passado.
Dão Lafões é a sub-região do país onde os preços mais baixaram no espaço de um ano, tendo superado as quebras também verificadas no Baixo Alentejo (-10,9%), Beira Baixa (-8,6%), Beiras e Serra da Estrela (-6,4%), Alto Tâmega (-5,4%) e Terras de Trás-os-Montes (-3,6%).
Na região Douro, que abrange a maioria do norte do distrito de Viseu, os preços subiram 12,3% dos 640 para os 719 euros.
Viseu é o concelho da região onde os preços são mais altos. Em 12 meses, o preço médio da venda de um alojamento familiar na capital de distrito rondou os 1.137 euros por metro quadrado. No top 3 estão São Pedro do Sul (835 euros) e Lamego (736 euros).
Os municípios onde comprar casa fica mais barato são Sernancelhe (205 euros por metro quadrado), Armamar (279 euros) e Vila Nova de Paiva (340 euros).
Preços da habitação aceleram 9% no país
Em todo o país, o preço mediano de alojamentos familiares transacionados em Portugal aumentou 9% no segundo trimestre, face ao mesmo período de 2022, para 1.629 euros por metro quadrado.
Este valor representou um crescimento de 4,1% face ao primeiro trimestre de 2023 e uma aceleração da variação homóloga face aos 7,6% registados de janeiro a março.
No período em análise, o preço mediano da habitação aumentou, face ao período homólogo, em 19 sub-regiões NUTS III, destacando o INE os crescimentos na Região Autónoma da Madeira (+24,9%) e no Médio Tejo (+15,7%).
“As quatro sub-regiões NUTS III com preços da habitação superiores aos do país registaram também taxas de variação homóloga superiores à nacional: Algarve (2.583 euros/m2 e +9,5%), Área Metropolitana de Lisboa (2.306 euros/m2 e +11,1%), Região Autónoma da Madeira (1.916 €/m2 e +24,9%) e Área Metropolitana do Porto (1.802 euros/m2 e +14,3%)”, detalha.
Segundo acrescenta, destacou-se, ainda, o Médio Tejo, com uma taxa de variação homóloga de +15,7%. Tal como em anteriores trimestres, o Alto Alentejo apresentou o menor preço mediano de venda de alojamentos familiares (546 euros/m2).
No período, o valor mediano de alojamentos familiares transacionados em Portugal envolvendo compradores com domicílio fiscal no estrangeiro foi 2.409 euros/m2 (+5,1% relativamente ao trimestre homólogo) e, no caso das transações por compradores com domicílio fiscal em território nacional, este valor foi 1.588 euros/m2 (+8,7% face ao trimestre homólogo).
As quatro sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados – Algarve, Área Metropolitana de Lisboa, Região Autónoma da Madeira e Área Metropolitana do Porto – apresentaram também os valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador.
Nas áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa, o preço mediano (euros/m2) das transações efetuadas por compradores com domicílio fiscal no estrangeiro superou, respetivamente em +61,3% e +91,6%, o preço das transações por compradores com domicílio fiscal em território nacional.
No segundo trimestre de 2023, ocorreu uma desaceleração dos preços da habitação em 17 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes (14 no primeiro trimestre de 2023), destacando-se com decréscimos superiores a 10 pontos percentuais (p.p.) Barcelos (-17,8 p.p.), Loures (-11,6 p.p.) e Odivelas (-10,3 p.p.).
Em sentido oposto, houve um aumento da taxa de variação homóloga em sete municípios, evidenciando-se Funchal (+20,1 p.p.) e Matosinhos (+12,3 p.p.).
O município do Porto registou um acréscimo de +7,1 p.p. e o de Lisboa de +3,7 p.p., sendo que os municípios de Lisboa (4.275 euros/m2), Cascais (3.902 euros/m2), Oeiras (3.166 euros/m2) e Porto (2.857 euros/m2) apresentaram os preços da habitação mais elevados.