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A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou esta terça-feira (5 de março) para o agravamento das condições meteorológicas nas próximas 48 horas, com chuva, vento forte, agitação marítima e queda de neve, sobretudo no centro e norte do país.
Com base em previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, a ANEPC avisa para precipitação na quarta-feira, em especial nas regiões litoral norte e centro, a partir do final da tarde, e para um aumento gradual da intensidade do vento, soprando por vezes forte na faixa costeira e nas terras altas.
Segundo o IPMA, o distrito de Viseu vai estar sob aviso amarelo devido à neve, entre as 15h00 de quinta-feira (7 março) e as 12h00 de sexta-feira.
Os meteorologistas alertam para “queda de neve acima de 1100/200 m, descendo gradualmente a cota até 800/1000m com acumulação até 10 cm acima de 1000/1200”.
Já no distrito da Guarda, o alerta vai estar ativo entre as 9h00 de quinta-feira e as 12h00 de sexta-feira, com especial atenção para a “queda de neve acima de 1300/1500 m, com acumulação acima de 1500 m, descendo gradualmente a cota até 800/1000m com acumulação acima de 1000/1200 m, que poderá ser de até 10 cm acima de 1500m”.
Para o mesmo dia (quinta-feira) prevê-se vento forte a predominar do quadrante oeste, aumentando gradualmente de intensidade e soprando por vezes forte na faixa costeira e terras altas, com rajadas até 70 quilómetros por hora, bem como um aumento gradual da agitação marítima, com agravamento a partir do início da manhã.
Com base nestas previsões, a Proteção Civil alerta para condições de piso rodoviário escorregadio devido à possibilidade de acumulação de gelo, neve e formação de lençóis de água, queda de neve em áreas e a altitudes onde habitualmente não se verifica e dificuldades na drenagem dos sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis.
Possíveis acidentes na orla costeira devido à forte agitação marítima, inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro, possibilidade de queda de ramos ou árvores, bem como de afetação de infraestruturas associadas às redes de comunicações e energia e danos em estruturas montadas ou suspensas.
A Proteção Civil recorda que “o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados” fazendo algumas recomendações, sobretudo para as zonas historicamente mais vulneráveis.
Recomenda, entre outras coisas, uma atenção redobrada aos grupos mais vulneráveis (crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou em condição de maior isolamento, trabalhadores que exerçam atividade no exterior e pessoas sem abrigo), garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente andaimes, placards e outras estruturas suspensas e cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte.
Pede igualmente especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais, não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima, a adoção de uma condução defensiva e evitar a circulação em vias afetadas pela acumulação de neve.