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A lista encabeçada por Jorge Santos venceu as eleições para a Concelhia do Partido Social-Democrata em Mangualde, mas o ato eleitoral ficou envolvido em polémica e vai ser impugnado. Tudo porque uma segunda lista foi entregue na manhã das eleições, mas acabou recusada pela presidente demissionária da mesa da assembleia, Anabela Martins. A lista era encabeçada por Gabriel Sousa e a candidatura terá sido apresentada à distrital do PSD e não à Concelhia de Mangualde, motivo apontado por Anabela Martins para a recusa em integrar a segunda lista no boletim de voto.
Mas fontes ligadas a este processo adiantaram ao Jornal do Centro que a situação é mais complexa do que aquela que está relacionada com procedimentos de entrega das listas, uma vez que em causa poderá estar o apoio que Gabriel Sousa dá a João Lopes, apontado como futuro candidato do PSD à autarquia de Mangualde, mas que não reúne consenso no partido.
Ao Jornal do Centro, o número dois da lista recusada, Carlos Jorge Oliveira, explicou que esta foi entregue “à assembleia distrital às 23h30 do último dia estipulado aquando da convocação das eleições”, a 29 de abril. Carlos Oliveira esclareceu ainda que a lista apenas foi entregue num local diferente do estipulado porque “o escritório do Dr. Sobral Abrantes estava encerrado” – onde ficou decidida a entrega – quando se tentou entregar a lista, no último dia.
O social-democrata acusa a presidente demissionária da mesa da assembleia concelhia, Anabela Martins, de ter escolhido o escritório de Sobral Antunes propositadamente, uma vez que era igualmente o local de trabalho da presidente demissionária, onde é secretária.
“A lista de Jorge Santos está interessada em apoiar o militante Sobral Abrantes, eterno número dois do PSD em Mangualde”, afirmou Carlos Oliveira. “Eles sabiam que se a nossa lista fosse aceite que seríamos nós a ganhar, pelo que fizeram tudo para que não fosse possível estar no boletim”, acrescentou ainda o número dois da lista recusada.
Segundo Carlos Oliveira, a lista foi entregue ao social-democrata Pedro Alves durante uma assembleia distrital e esta deveria constar no boletim, “uma vez que uma distrital tem mais peso que uma concelhia e o local de entrega estipulado estava encerrado antes da hora”. Carlos Oliveira explicou ainda que Sobral Abrantes “viu a lista ser entregue, uma vez que ele estava lá por fazer parte da mesa da assembleia distrital”.
Anabela Martins, contudo, assume que as eleições foram realizadas dentro da regularidade. “Hoje [sábado] apareceu lá o Pedro Alves com uma suposta lista que ele terá aceitado, mas eu recusei-a porque acho que ele não tem legitimidade para tal”, esclareceu a presidente demissionária. De seguida, acrescenta Anabela Martins, “foi chamado o presidente do conselho de jurisdição distrital” que foi convocado por Pedro Alves.
“O presidente da jurisdição analisou tudo, esteve a ver os regulamentos e daquilo que eu depreendi quando ele saiu, ele disse-me que de facto eu cumpri tudo o que estava no estatuto, quer no regulamento eleitoral”, afirmou Anabela Martins.
O processo para a impugnação do ato eleitoral (em que Jorge Santos conseguiu 29 votos), ao que o Jornal do Centro conseguiu apurar, está em andamento.