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“Comércio e serviços continuam a ser o parente pobre”, lamenta Gualter Mirandez

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 "Comércio e serviços continuam a ser o parente pobre", lamenta Gualter Mirandez
26.11.22
fotografia: Jornal do Centro
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 "Comércio e serviços continuam a ser o parente pobre", lamenta Gualter Mirandez
22.12.24
Fotografia: Jornal do Centro
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 "Comércio e serviços continuam a ser o parente pobre", lamenta Gualter Mirandez

O presidente da Associação Comercial do Distrito de Viseu (APCV), Gualter Mirandez, lamentou esta tarde, em Viseu, aquilo que considera ser um apoio diminuto por parte do Estado e da comunidade europeia ao setor do comércio e serviços.

O responsável refere que uma fatia de 14% no programa de apoio Portugal 2030 é insuficiente. “O comércio e serviços têm sido o parente pobre dos apoios financeiros sejam eles através do Estado português ou da comunidade europeia. Foi-o no Portugal 2020 em que tivemos uma fatia de 4.4%. Os serviços e o turismo acrescentaram alguma coisa, mas, mesmo assim, um setor que representa 71% teve um apoio de 14%. Voltará a ser no Portugal 2030”, detalhou.

Gualter Mirandez lembrou que os tempos atuais são de mudanças constantes e, por isso, entende que “os empresários terão de estar atentos, preparados e disponíveis”. “Não é tempo de inércia, de conforto, de laxismo, mas de novas dinâmicas e atenção redobrada, com sentido empreendedor”, vincou.

O presidente da APCV assinalou que “hoje os desafios são maiores e mais difíceis de ultrapassar” porque vivemos “na era digital e do comércio eletrónico”. Ainda assim, Gualter Mirandez mostra-se confiante na capacidade dos empresários e das empresas de contornar este cenário. “As novas formas de comércio obrigam a uma alteração de comportamentos e de formas de estar, uma vez que estão a conseguir cada vez mais uma maior quota de mercado e a tendência é desenvolverem-se e crescer. Mas o comércio também há-de sobreviver e continuar a ter o seu espaço. Caso contrário os grandes grupos de distribuição não se fixariam na rua como está a acontecer através de unidades de menor dimensão”, recordou.

As palavras de Gualter Mirandez antecederam a entrega dos galardões de 25 e de 50 anos de associados da APCV e também de mérito empresarial e institucional. Presente na cerimónia a vereadora no município, Mara Almeida afirmou que “o reconhecimento do mérito é sinal de que as pessoas têm memória e gratidão, que fomentam uma sociedade assente na meritocracia”.

Enaltecendo a cooperação entre município e Associação Comercial do Distrito de Viseu, destacou o concurso de montras, a gala do comércio, animação de rua ou a iluminação do mercado de Natal. “Sabemos que a época natalícia é uma das que mais anima e potencia o comércio local”, disse.

A autarca defendeu também que “a dinâmica socioeconómica de uma cidade ou concelho, não é um sprint é uma corrida de fundo e uma maratona que precisa e é para todos e conta com todos”.

Foram nove os empresários ou empresas que receberam o galardão de 25 anos de associado e um empresário foi agraciado com o galardão de 50 anos de associativismo na APCV. A Associação distinguiu também o mérito de duas empresas e de uma instituição.

Galardão de Mérito Empresarial:
– Macovex
– Restaurante ‘Cortiço’

Galardão de Mérito Institucional:
– Comissão Vitivinícola Regional do Dão

Galardão de 50 anos de associativismo:
– Avelino Santos Lima – Ouriversaria Lifon

Galardões de 25 anos de associativismo:
– Arminda Maria Sousa Gomes
– Café Restaurante ‘O Camponês’
– Papelaria ‘Coche’
– Félix & Teixeira Lda
– Maria de Lurdes Alves Figueiredo
– Marteus Lda
– Mathias, SA
– Matinfra
– Vismec

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