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Ana Rodrigues Silva
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O Viseu 2001 desceu de divisão no passado sábado. Os viseenses acompanham o ABC de Nelas e ambos os clubes vão jogar a Terceira divisão de futsal no próximo ano. Tal facto deve merecer reflexão por parte dos agentes desportivos. É o que defende Rui Almeida, treinador do Viseu 2001 em entrevista ao Jornal do Centro.
“As descidas do Viseu 2001 e do ABC de Nelas são motivo de reflexão e não de brincadeira ou de comentários. É preciso refletir sobre o que está a acontecer e como podem as coisas ser alteradas”, sublinha o técnico.
Rui Almeida acrescenta que “os clubes têm que falar, exigir e apresentar soluções”. “Previamente [devem] dizer ou votar sobre todos estes assuntos em vez de fazer de conta porque, ao fim de as decisões estarem tomadas, já não há nada a fazer”, vinca.
Rejeitando que os clubes do interior devam estar votados a uma condição de equipas inferiores, Rui Almeida diz-se preocupado com o que se está a passar, criticando o que vai vendo pela internet. “Há muita gente que brinca. A internet hoje em dia está aberta a todos”, lamenta.
Rui Almeida assume que “está muito difícil os clubes aguentarem-se no nacional” e que isso também se deve à dificuldade de recrutar jogadores. “O que aconteceu agora é um sinal, uma chamada de atenção e um alerta”, sublinha.
“Está a ser difícil construir plantéis com jogadores só formados no distrito e está provado que é difícil a manutenção só assim. Trazer jogadores de fora está cada vez mais difícil”, explica.
O treinador do Viseu 2001 fala em ‘ligeireza’ na hora de aprovar quadros competitivos e entende que o formato das competições está a dificultar a vida aos clubes do distrito. “A ligeireza com que se aprovam quadros competitivos e com que se fazem as coisas… No meio disto há clubes que são apanhados nestes formatos e, neste momento, o nosso distrito está a ser muito prejudicado”, constata.
Deixando claro que não se está a “desculpar” e vincando que “descemos porque fomos menos competentes do que os outros”, Rui Almeida fala de um “campeonato muito duro” baseado num “formato perigoso”.
“Defendo, sempre defendi e vou defender sempre o campeonato. É o mais justo. Quem for mais regular, no fim, consegue o seu objetivo. Vamos falar claramente. Nesta segunda fase, defrontámos uma equipa que investiu para quatro meses quase o dobro do que o Viseu 2001 investiu. Uma equipa que, na primeira fase, fez zero pontos. E garantiu a manutenção”, exemplifica.
Rui Almeida atribui mérito a “todos os que conseguiram a manutenção”, mas critica um quadro competitivo que, defende”, abre espaço a “estas situações”. “O campeonato é uma prova de regularidade. [No playoff] as equipas começam do zero. Estamos a abrir caminho para o ‘chico espertismo’, como clubes pagarem só até dezembro, outros de dezembro para a frente”, conclui.
Numa análise ao percurso feito pelo Viseu 2001 na fase de manutenção na Segunda Divisão, Rui Almeida assegura que nunca se iludiu e que por isso não está desiludido, mas triste. “Queria mais e merecíamos mais, mas não foi possível”, confessa.