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“Fecho de discotecas potencia festas privadas sem controlo”, diz empresário

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 "Fecho de discotecas potencia festas privadas sem controlo", diz empresário
21.12.21
fotografia: Jornal do Centro
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 "Fecho de discotecas potencia festas privadas sem controlo", diz empresário
22.01.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 "Fecho de discotecas potencia festas privadas sem controlo", diz empresário

O empresário do Grupo Noite Biba, Olavo Sousa, lamenta o encerramento dos bares e discotecas a partir deste sábado (25 de dezembro) e fala mesmo de uma “medida eleitoralista”.

Teletrabalho obrigatório e discotecas voltam a fechar no dia de Natal foi anunciada esta terça-feira (dia 21) pelo primeiro-ministro, António Costa, após o Conselho de Ministros que aprovou novas medidas de prevenção da Covid-19 e a antecipação da semana de contenção de contactos.

Em declarações ao Jornal do Centro, Olavo Sousa critica o facto de ser este o setor que vai pagar a fatura da pandemia e defende que as discotecas são lugares seguros.

“Mais uma vez, somos nós a pagar a farra da pandemia para a qual não contribuímos nada. Desde a primeira hora que temos sido dos setores mais responsáveis para tentar controlar a pandemia. Não percebemos esta medida porque, para entrar na discoteca, é preciso teste negativo e, teoricamente, são dos sítios mais seguros para estar”, afirma.

O empresário, que gere discotecas em Viseu e Coimbra, fala ainda em discriminação negativa face a outros estabelecimentos como hotéis e quintas de eventos que, diz, “podem fazer grandes passagens de ano com teste negativo enquanto nós não somos permitidos a fazer isso, mesmo com teste negativo”. “Acho que estamos a discriminar e a potenciar festas privadas sem qualquer controlo”, acrescenta.

Olavo Sousa diz também que esta medida é eleitoralista, a pouco mais de um mês das eleições legislativas. “Sabemos que todas as medidas do Governo para o nosso setor acolhem uma grande aceitação da opinião pública, principalmente das faixas etárias mais velhas”, admite.

O empresário reitera ainda que as discotecas perdem desta forma o que, acredita, seria a melhor altura do ano para o negócio e lembra que os espaços abriram as portas há pouco mais de dois meses “com escassos apoios do Governo”.

“Tivemos de remodelar as casas porque estiveram muito tempo paradas e os materiais degradaram-se muito”, remata.

As discotecas voltaram a abrir em outubro, depois de mais de um ano fechadas por causa da pandemia. Até agora, os espaços eram abertos mediante a apresentação de teste negativo.

Na apresentação das novas medidas de prevenção da pandemia, foi assegurado que os operadores de bares e discotecas vão ter direito a medidas de apoio.

O Governo também decidiu que o teste negativo ao novo coronavírus será obrigatório para aceder a estabelecimentos turísticos, espaços de alojamento local, casamentos, batizados, eventos empresariais, espetáculos culturais e recintos desportivos. Vai ainda haver um reforço do número de testes gratuitos de quatro para seis por mês.

 "Fecho de discotecas potencia festas privadas sem controlo", diz empresário

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