No terceiro episódio do programa “Bem-Vindo a”, tivemos o prazer de conversar…
São mais de 100 presépios, de diferentes tamanhos e construídos ao longo…
A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Jorge Marques
por
Vitor Santos
Temos vindo a ser alertados para os riscos da exposição excessiva à radiação ultravioleta (UV) e os efeitos nocivos que pode ter na nossa pele. Já todos sabemos que devemos usar protetor solar, evitar as horas de maior calor. Mas, e em relação visão, será que já estamos sensibilizados para os danos que poderá causar na nossa visão?
Para além da pele, o olho é o órgão mais sensível aos efeitos nocivos dos raios UV. Os efeitos da exposição a esta radiação são acumulativos ao longo da vida, o que contribui para o aparecimento de cataratas, a principal causa de cegueira a nível mundial, e da degenerescência macular ligada à idade (DMRI), a principal causa de cegueira nos países desenvolvidos.
Cientes destes fatos e de que é necessário fazer algo mais, a Prevent Blindness declarou maio como o mês de sensibilização da radiação UV, no intuito de sensibilizar a população para os seus efeitos nocivos. A Prevent Blindness está ligada à saúde e segurança visual e dedica-se sobretudo a combater a cegueira e a preservar a visão, fundada em 1908 é a principal organização voluntária dos EUA nesta área.
Todos os dias estamos expostos à radiação UV, quer seja na rua através do sol, quer seja em casa ou no trabalho através da luz LED e dispositivos eletrónicos.
A energia (radiação) emitida pelo sol expõe o olho à radiação UV e à luz visível. No espectro eletromagnético a radiação UV situa-se entre os 200nm e os 400nm, pode ser dividida em 3 faixas a UV-A, UV-B e UV-C. Todos os raios UV-C e cerca de 90% dos UV-B são absorvidos pela atmosfera, por isso é tão importante preservar a camada do ozono.
Tipo de lesões causadas pela radicação UV
As lesões causadas pela radiação UV dependem sobretudo da intensidade e duração da exposição. A fotoqueratite surge poucas horas após a exposição e trata-se de uma reação inflamatória semelhante a uma queimadura solar na córnea, é bastante dolorosa e provoca perda de acuidade visual transitória, regra geral é reversível e não provoca danos a longo prazo.
O pterígio é uma degenerescência da conjuntiva que cresce sobre a superfície da córnea em direção à pupila, reduzindo assim a visão, pode ser removido cirurgicamente. Está associado a uma maior exposição ao sol e vento.
A OMS estima que até 20% das cataratas podem ser causadas por sobre-exposição à radiação UV. A catarata é a principal causa de cegueira evitável no mundo, o seu aparecimento parece ser intensificado pela exposição prolongada a raios UVB. Neste caso, o cristalino perde a transparência o que leva à perda progressiva de visão. O tratamento passa pela cirurgia, na qual o cristalino é substituído por uma lente artificial e a visão recuperada novamente.
A degenerescência macular ligada à idade (DMRI) afeta pessoas com mais de 50 anos, é a principal causa de cegueira nos países desenvolvidos, e a terceira a nível mundial. É uma patologia evolutiva que se manifesta inicialmente com a redução da acuidade visual, visão distorcida e escotoma central, podendo levar à perda de visão central.
Num caso mais severo, a exposição à radiação UV pode levar ao aparecimento de melanoma o cancro mais frequente no globo ocular.
Além da sua localização estratégica, recolhidos na órbita e protegidos pelas pálpebras pestanas e sobrancelhas, os nossos olhos possuem mecanismos de adaptação à luz intensa como a contração da pupila e o fechar das pálpebras que limitam a entrada de raios UV. Estas defesas naturais são limitadas e em situações extremas, como na neve ou na praia em que há uma maior reflexão da luz solar, de pouco servem.
A forma mais eficaz de proteger os nossos olhos da radiação ?UV é utilizando óculos de sol, sobretudo em crianças e jovens. Pois o seu cristalino filtra menos raios UV, do que na idade adulta, o que leva a uma maior incidência de raios UV na retina, podendo levar ao aparecimento da DMRI. Tenha especial atenção na escolha de óculos de sol para as crianças, do mesmo modo que tem na escolha do protetor solar.
Na hora de escolher os seus óculos de sol opte por óculos que cumprem a norma europeia (EN ISO 12312-1:2013), confirme a presença do símbolo CE. As lentes devem filtrar 99 a 100% dos raios UV e a perceção das cores deve permanecer inalterada. Além de limitarem a incidência de raios UV nos nossos olhos os óculos de sol também protegem a área ao seu redor. Para o dia-a-dia também existem opções de lentes brancas capazes de filtrar 100% da radiação UV. Informe-se com o seu especialista da visão.
Todos os dias estamos expostos à radiação UV. Prevenção é a palavra de ordem.
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Jorge Marques
por
Vitor Santos
por
José Carreira
por
Alfredo Simões