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O SinFAP – Sindicato Independente dos Trabalhadores da Floresta, Ambiente e Proteção Civil, com sede em Viseu, convocou greve nacional a partir de 28 de junho. A paralisação vai ser por tempo indeterminado, anunciou a entidade, e coincide com a época mais crítica de combate aos incêndios.
O sindicato reivindica o aumento dos salários, a integração dos sapadores florestais na carreira profissional de bombeiro sapador e a criação de um estatuto profissional para os sapadores do setor privado e pede ao Governo que resolva “a situação caótica em que se encontram mais de 2 mil sapadores florestais”.
“A precariedade, aliada aos baixos salários, fazem dos sapadores florestais os únicos agentes de Proteção Civil que atuam diariamente na defesa da floresta contra incêndios e o único cujo grau de complexidade das suas funções é remunerado com o salário mínimo nacional”, lembra o SinFAP.
O sindicato refere que o setor dos sapadores florestais está “descapitalizado em recursos humanos”. “Todos os dias muitos trabalhadores abandonam a atividade, uma atividade sem futuro e em risco de desaparecer por falta de atratividade, por falta de uma carreira e de um estatuto profissional”, lembra dizendo que chegou a “hora de apostar na profissionalização daqueles que protegem as nossas florestas seja no inverno ou no verão”.
“Esta greve é um grito de revolta, um grito de basta, queremos mudanças efetivas já”, reitera.
Entre as 13 reivindicações que justificam a marcação desta greve, estão a reforma aos 60 anos, a classificação do sapador florestal como profissão de risco e desgaste rápido, o aumento salarial 25 por cento acima do salário mínimo, o reforço da verba do Programa de Sapador Florestal para os 70 mil euros, a criação de um seguro de acidente de trabalho universal e a reforma do Programa de Sapador Florestal.
O SinFAP espera ainda que o Governo “tenha a coragem de se sentar à mesa” e iniciar as negociações que valorizem os sapadores florestais, mas também as entidades patronais do setor privado, dando-as mais capacidade financeira “para que se possa aumentar salários sem comprometer a sustentabilidade financeira e a perca de milhares de postos de trabalho”.
“Lutamos por todos para que o setor possa sobreviver e reforçar-se apostando na valorização profissional. A mais nobre das funções depende de politicas que apostem na concretização de aumentos salariais, que apostem numa profissão reconhecida pelo seu grau de risco e de desgaste rápido”, remata o sindicato.