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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques
O festival DEMOC decorre na cidade de Viseu até 11 de abril e promove debates, espetáculos e oficinas dedicadas à democracia. A organização é da companhia Mochos no Telhado, com o apoio do Município de Viseu, da Direção-Geral das Artes e da Comissão Comemorativa da efeméride.
O destaque da programação deste sábado, 29 de março, vai para a sessão presencial do Clube do Livro Feminista “Heróides”, coordenada pela artista Sara Barros Leitão. O encontro acontece na Quinta da Cruz, com início às 12h00, e centra-se na discussão do livro “Caruncho”, de Layla Martínez. A obra foi escolhida pela comunidade através da plataforma online da estrutura Cassandra, coordenada pela artista. Esta é uma das três sessões presenciais anuais do clube de leitura, sendo Viseu a cidade escolhida para a primeira de 2025. A participação é gratuita, mas sujeita a reserva no site Cassandra.
Nos próximos dias, o festival continua com várias atividades. A 5 de abril, Carlos Costa e João Martins, do grupo Visões Utéis, apresentam o espetáculo “Trans/Missão” no IPDJ de Viseu, às 19h00. Segundo Dennis Xavier, da companhia Mochos no Telhado, “este é um espetáculo que junta um dramaturgo e um músico que abrem ao público o seu processo criativo, a sua tentativa de criarem uma ópera”.
No dia 6 de abril, Cláudia Gaiolas interpreta a peça “Quinta dos Animais”, uma adaptação do livro de George Orwell feita por Tonan Quito. A peça será apresentada na Biblioteca Municipal de Viseu, às 16h00. “É uma fábula que fala sobre uma ditadura animal e que nos ajuda a compreender muitos dos nossos processos em sociedade”, referiu um dos organizadores.
Nos dias 8 e 9 de abril, decorre uma oficina de escrita de canções de protesto dinamizada por Afonso Cabral, Francisca Cortesão e Inês Sousa Real. “As crianças serão certamente motivadas a partilhar as suas ânsias, preocupações, medos e desejos, além de refletir isso numa que dará origem a um conjunto de canções”, explicou Dennis Xavier. A oficina terá lugar na Quinta da Cruz, com sessões das 10h00 às 11h30 e das 14h30 às 16h00.
A Biblioteca Municipal de Viseu acolhe, nos dias 11 e 12 de abril, a oficina “Loja [temporária] de vender poetas”, inspirada no trabalho de Afonso Cruz. “No fundo é uma brincadeira sobre uma loja que vende poetas e todos nós podemos ir comprar um poeta”, afirmou Dennis Xavier.
O festival termina com o espetáculo-conferência “O que importa é participar”, de Hugo van der Ding, na Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu. A conferência aborda momentos da História de Portugal em que a participação social teve impacto no rumo dos acontecimentos. “Como daquela vez que os padres se passaram com o rei e o puseram a andar, em 1245, ou quando o povo de Lisboa mandou o bispo de Lisboa em voo pela janela da Sé, em 1383”, refere a sinopse do espetáculo.
No final do festival, será publicado um “Atlas da Democracia”, documento que irá compilar as discussões e reflexões das atividades realizadas. “Neste documento, será dado mais destaque às crianças e aos jovens que participaram nos eventos”, explicou Dennis Xavier.
A organização está a trabalhar junto de professores para incentivar a participação dos alunos nos eventos do DEMOC, alguns dos quais decorrem durante o período de férias letivas. Existe também a possibilidade de uma segunda edição do festival em 2026 ou 2027, bem como de outras atividades pontuais relacionadas com a democracia em Viseu.