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O presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira disse que a Barragem do Vilar está com 14 por cento de capacidade e a água existente tem a qualidade a “degradar-se” por estar estática.
“A barragem está com uma autonomia de 14%, sendo que abastece Moimenta da Beira, Sernancelhe e Tabuaço. Apesar de ter pouca capacidade, tem um problema acrescido, porque a água está muito estática e isso requer muito mais tratamento”, apontou Paulo Figueiredo.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Moimenta da Beira explicou que a Barragem do Vilar abastece “cerca de 52% da população do concelho, depois há capacitações próprias que abrange os 48% e, quer num lado, quer no outro, há constrangimentos”.
“Na barragem as algas estão a crescer e absorvem os micronutrientes e o oxigénio da água, que fica com tonalidade esverdeada e há riscos de um dia destes as próprias algas entrarem em fase de saturação e poder transformar-se em matéria orgânica”, explicou.
Com isto, continuou o autarca, “a qualidade da água é colocada em causa” o que torna esta situação “muito periclitante a que se junta a fauna e os peixes, que podem entrar numa fase de decomposição, porque a água deixa de ter oxigénio e os peixinhos acabam por morrer”.
Paulo Figueiredo adiantou que a concessão do abastecimento de água em alta é da responsabilidade da Águas do Norte, que “já disse que ainda consegue tratar a água, mas se não chover, como a água está estática, há o risco de entrar numa consequência terrível”.
“ dão-nos água para dois anos, mas a degradação da qualidade da água não sei dizer a que velocidade vai. Os técnicos da Águas do Norte já me disseram que injetam 20 vezes mais componentes químicos para tratamento da água que há dois meses”, adiantou.
Tendo em conta a “situação periclitante” do concelho, no que diz respeito à água, a Câmara Municipal de Moimenta da Beira emitiu um comunicado com Seca: regas acabaram, multas avançam e poupança é a palavra de ordem para “determinados comportamentos” por parte dos cidadãos, no sentido de evitar o consumo da água.
“Nós já começámos a dar o exemplo e já deixámos de regar os espaços públicos. Estamos a deixar secar tudo, com exceção de dois parques onde as crianças costumam estar a brincar”, referiu o autarca.
Outra das medidas adotadas passa pelo “combate afincado às fugas e fraudes, e roubos de água” e, “após reuniões com os presidentes de junta a apelar para reduzirem o consumo de água ao essencial, o alerta agora é para as populações”.
“O apelo é só um. Usem bem a água, só no estritamente necessário como para consumo pessoal e higiene, basicamente isto”, apelou Paulo Figueiredo.
Num comunicado tornado público, o executivo municipal lembra que, segundo o regulamento de distribuição de água, “quem fizer o uso indevido de água será punido com uma coima” que pode variar dos 705 aos 6.345 euros.