Há lugares que não são apenas para comer – são para partilhar….
Sabem o que acontece quando juntamos a arte de bem cozinhar com…
A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Gabriel Mondina
por
Jorge Marques
Cardone tem 20 anos e é estudante do Instituto Politécnico de Viseu, esta segunda-feira (3 de fevereiro) foi um dos exemplos de passageiros do sistema de transporte da Mobilidade Urbana de Viseu (MUV) que ficou em terra.
“Não sabia que não iam aceitar o passe, não andei de autocarro nos últimos dias e desconhecia o que estava a acontecer. Vou ter exame daqui a poucos minutos e estou aqui”, contou ao Jornal do Centro a estudante, enquanto se encontrava junto ao balcão de atendimento do MUV na central de camionagem para pedir esclarecimentos.
Desde o dia 1 de fevereiro que a empresa responsável pelo serviço de transportes não aceita os passes gratuitos de estudantes (sub 18 e sub 23) e de antigos combatentes. A medida da gratuitidade foi implementada pelo governo.
“Esta decisão decorre da impossibilidade de continuação da disponibilização gratuita dos mesmos, atendendo ao seu não pagamento por parte das entidades competentes desde o mês de setembro de 2024 até esta data”, refere a empresa Berrelhas num documento afixado nos autocarros e no balcão de atendimento do MUV na central de camionagem.
Também Anabela Marques dirigiu-se esta manhã aos serviços para questionar até quando os jovens vão continuar a pagar bilhete. Mãe de duas estudantes, de 11 e 14 anos, lamentou a situação. “Hoje levaram dinheiro, mas até quando é que vai continuar a acontecer?”, questionou.
Além destes relatos, muitos outros passageiros acabaram por ficar sem transporte. Ao Jornal do Centro chegaram queixas que davam conta de vários jovens que ficaram nas paragens por não terem dinheiro para o bilhete. Em algumas situações, foram os colegas e outros passageiros quem facultou o valor do ingresso.
A situação está a gerar várias críticas e está mesmo a ser criado um movimento de lesados do MUV. O conjunto de cidadãos considera “lamentável estas e outras situações que acontecem com os transportes do concelho de Viseu”. Em causa, horários que não são cumpridos, autocarros que não chegam a passar e linhas insuficientes.
Carlos Almeida, que é pai de jovens utilizadores do MUV, deixa ainda um alerta para que quem se sinta lesado faça chegar um e-mail à Autoridade da Mobilidade e dos Transportes.
O Jornal do Centro sabe ainda que a empresa terá dado instruções para que nenhum utilizador do passe gratuito pudesse viajar sem pagar o bilhete e que, em último caso, fossem chamadas as autoridades.