A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
A Farmácia Grão Vasco procura estar perto da comunidade e atenta às…
O ano passa a correr e já estamos no Natal. Cada mês…
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Jorge Marques
por
Vitor Santos
Não há sistemas perfeitos e a política onde se joga o poder dos humanos é um campo onde mora o melhor e o pior. O atual momento político lembra-me o Coliseu romano. O Imperador confortável na tribuna, os gladiadores lutam para sobreviver, o povo anima a festa e aplaude a crueza dos golpes. Na hora da decisão o povo grita mais alto e o Imperador faz o tradicional gesto do Mata/Vive.
Os tempos mudaram, mas a essência do jogo mantém-se. O povo continua na condição de espetador, mesmo parecendo que vai decidir. Os novos gladiadores são crianças mal comportadas que apontam o dedo uns aos outros e a sua arma é a culpa. Nesta confusão o Imperador põe ordem na luta, escuda-se no povo e diz que vai devolver-lhe a palavra para que ele decida! Tal qual Pilatos!
A partir daqui o jogo fica sem árbitro, os gladiadores lutam e o povo volta á sua condição de espetador. Não se exigirá verdade, respeito, transparência, a política mostra o lado negro. Vão dar-nos informação contraditória, armadilhada, sondagens. Informação não vai faltar, será demais, porque excesso de informação reduz a reflexão. Eles temem que o cidadão possa pensar! Somos uma democracia de espetadores, como no Circo de Roma! O Imperador que decide em caso de exceção fica com o poder absoluto e ninguém o pode julgar. Decide até o que é mais importante para nós, mas sempre a favor do seu protagonismo. Vamos até ouvir falar em consciência tranquila, mesmo sem a sua componente básica que é o sentimento.
Nesta representação há um detalhe perigoso, o poder torna-se tão mais poderoso quanto mais secreto. É o jogo infantil das escondidas, eles brincam enquanto nos amarram aos media e a todo o tipo de manipulação até á hora do voto. Há demasiadas coincidências, meias verdades e o país parece regressar a um tempo de bruxas e adivinhos.
Fica-me a dúvida sobre se tudo isto é democracia, suspensão da democracia ou meros rituais de poder? Ensinaram-me que nas crises e conflitos devemos procurar saber quem ganhou com eles? Aí encontraremos o culpado! Tema da próxima campanha: Onde é que está o Wally/Culpado?
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Jorge Marques
por
Vitor Santos
por
José Carreira
por
Alfredo Simões