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A Stellantis Mangualde exportou grande parte dos carros que produziu em 2024 e a Europa foi a principal cliente. No ano passado, a fábrica automóvel produziu 86.016 viaturas, uma subida de 2% face a 2023. O valor representa a maior produção de sempre do centro de produção, algo que a Stellantis já tinha previsto no final do ano passado.
Do número total de veículos produzidos pela Stellantis, a maioria (81.569) foi destinada à exportação. A Europa foi a maior cliente com uma quota de 80,8 por cento, de acordo com dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP). França, Espanha, Itália e Turquia foram os países para onde os carros da Stellantis mais exportaram no último ano.
A África foi o segundo maior continente de exportação com uma quota de 14 por cento, seguindo-se a América (3,1%) e a Ásia (2%).
À semelhança dos últimos anos e segundo a ACAP, a Stellantis Mangualde foi a segunda maior fábrica automóvel de Portugal, com uma quota de produção de 25,9 por cento entre janeiro e dezembro de 2024, sendo apenas superada pela Autoeuropa em Palmela (que ficou com uma quota de 71% de toda a produção automóvel portuguesa).
A produção automóvel em Portugal cresceu 4,5% em 2024, face ao ano anterior, para 332.546 veículos, alcançando o segundo melhor resultado da última década, apenas atrás das 345.688 unidades produzidas em 2019.
A Associação Automóvel de Portugal (ACAP) apresentou esta quinta-feira (23 de janeiro), em Lisboa, o balanço anual do setor automóvel que, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), contribuiu com 42,6 mil milhões de euros para a economia nacional, representando 7,7% da faturação da totalidade das empresas em Portugal.
Segundo a ACAP, o setor gerou 10,9 mil milhões em receitas fiscais, em 2024, o que representa 17,8% do total das receitas fiscais do Estado.
A Europa continuou a ser o principal mercado exportador dos veículos produzidos nas cinco fábricas existentes no país – Caetano Bus (Vila Nova de Gaia), Toyota Caetano Portugal (Ovar), Stellantis (Mangualde), Fuso (Tramagal) e Autoeuropa (Palmela) – com um peso de 87,6%.
Em 2024, foram matriculados 209.715 novos automóveis ligeiros de passageiros, mais 5,1% face a 2023, com os veículos movidos a energias alternativas a continuar a liderar as matrículas neste segmento, com um peso de 57%.
Os veículos elétricos (BEV) destacaram-se, com 41.757 matrículas nos ligeiros de passageiros, o que representa 20% do total de ligeiros de passageiros matriculados, ou seja, acima da média europeia (14%) e colocando Portugal em sexto lugar do ‘ranking’ dos países da União Europeia (UE), liderado pela Dinamarca (52%).
Ainda nesta categoria, em dezembro, registou-se um recorde de matrículas (5.142), tendo sido o primeiro mês em que se atingiram valores na casa das 5.000 unidades.
Ainda assim, o secretário-geral da ACAP, Helder Pedro, salientou que o mercado de particulares “é efetivamente bastante pequeno para o mercado elétrico”, uma vez que 60% das vendas são feitas a empresas.
Para o responsável, o programa de apoio à compra de veículos elétricos por particulares é “muito limitado”, porque obriga a entregar um carro para abate e não tem benefícios fiscais, como o caso das empresas.
A ACAP defendeu que, para cumprir as metas climáticas, é necessário que os governos implementem um sistema de incentivos à aquisição de veículos sustentáveis e que “se invista numa rede de carregamento robusta para fazer face ao aumento da sua procura”.
No ano passado, o parque automóvel português continuou a ser dominado por veículos com mais de 20 anos, com cerca de 1,5 milhões de automóveis a circular no país em 2024.
A associação salientou que a importação de veículos usados da UE está a ter como consequência a entrada de veículos com idade cada vez mais avançada, uma vez que os importados usados têm em média 7,9 anos.
A ACAP falou mesmo em “concorrência desleal”, uma vez que estes veículos não pagam o Ecovalor (imposto aplicado sobre produtos que contribuem para a poluição ambiental) aplicado aos veículos novos matriculados em Portugal.
Adicionalmente, salientou a ACAP, aqueles veículos fazem aumentar o número de emissões poluentes do país e, quando em fim de vida, têm de ser tratados em Portugal.