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A três jornadas do fim, o Vale de Açores foi a primeira equipa a garantir a presença na Divisão de Honra de Viseu da próxima época. A trilhar um percurso ainda sem qualquer derrota na fase de campeão, a equipa do concelho de Mortágua agarrou o primeiro de três bilhetes rumo ao maior escalão do futebol sénior do distrito.
Ao Jornal do Centro, o treinador do Vale de Açores, André Martins, assegura que é no plantel que está a fatia maior do segredo do sucesso desportivo. “O mérito é dos jogadores e da vontade com que agarraram o desafio. O segredo foi trabalhar todos os dias e o gosto que isso lhes deu. Aliámos experiência com juventude no plantel e foi um grupo unido. A união deste grupo de trabalho não tem preço”, sublinha.
A equipa selou a subida com uma vitória em casa diante do Campia, que também está bem vivo na luta pela ida para a Divisão de Honra do próximo ano. Num jogo de incerteza total no resultado, André Martins diz sentir que “parece que estava escrito”. “Foi um jogo em que fizemos uma primeira parte melhor do que o Campia, mas sofremos um golo a poucos minutos do intervalo. E depois viu-se o chip que temos. Reagimos, chegámos à área, conquistámos um penálti e empatámos. Fomos para o intervalo conscientes de que o jogo ia ser difícil. A segunda parte foi mais equilibrada, sofremos o 2-1 de penálti, mas voltámos a reagir e nos últimos minutos empatámos. No último suspiro, houve um canto, o guarda-redes do Campia defendeu um bom remate nosso. Do canto resultou um livre lateral e no último lance, com desvios, a bola acaba por entrar na baliza. Foi uma explosão de alegria. A casa foi abaixo”, confessa.
A vitória não descansou por completo os apoiantes do Vale de Açores. É que na mesma altura jogavam Parada e Tarouquense, num duelo que interferia com as contas da subida. “Estivemos mais meia hora à espera porque o jogo do Parada com o Tarouquense estava meia hora atrasado. O jogo estava a ser transmitido pela Associação de Futebol de Viseu, o que permitiu ficarmos agarrados a ver. O resultado que mais nos interessava, aconteceu e consumámos a subida de divisão”, explica.
O triunfo diante do Campia foi o sétimo conseguido pelo Vale de Açores em onze jornadas. Num campeonato com 14 rondas – há ainda três jogos para fazer – o Vale de Açores não perdeu ainda qualquer jogo e leva quatro empates. É também a melhor defesa da prova com 12 golos sofridos e o segundo melhor ataque com 20 golos marcados. Melhor só o Campia com 21 golos apontados.
Para o futuro, o discurso de sempre e que levou o clube a este resultado. “O objetivo é hoje chegar, treinar e preparar o Molelos. É o nosso próximo jogo. Temos agora dois jogos fora com duas equipas que nos acompanharam na primeira fase, da Zona Sul. Sabemos que será difícil”, recorda André Martins.
Ao Jornal do Centro, o treinador assume dois objetivos para esta temporada que ficará na história do Vale de Açores. “Se pudermos acabar sem derrotas, perfeito. O primeiro objetivo é sermos campeões da 1ª Distrital. Se em conjunto não sofrermos derrotas, melhor”, resume.
Confessando querer continuar ao leme do Vale de Açores, e projetando já a próxima época, André Martins diz que o foco maior passa pela palavra tranquilidade. “O objetivo do clube é assegurar uma posição na tabela classificativa na Divisão de Honra que permita trazer segurança. Sabemos que não vamos ganhar os jogos todos. Será muito mais difícil”, reconhece.
O Vale de Açores enfrenta no próximo domingo o Molelos, que está a oito pontos do Sátão com nove pontos pela frente. Matematicamente não está afastado, mas as contas não correm a favor do clube do concelho de Tondela.