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E assim cai mais um Governo. Este durou menos de um ano. Para uns durou mais do que se esperava. Para outros, durou exatamente aquilo que se perspetivava. Mas que ia cair, disso ninguém duvidava.
Confesso aos leitores desta crónica que nunca pensei chegar a este ponto. Quiçá a minha jovialidade fez-me acreditar nesses contos de fadas que são os políticos de qualidade e de dignidade. Tentei convencer-me que esses discursos que tanto se ouvem de que “são todos iguais” ou de que “são todos uns corruptos” não iam além de discursos de tasqueiros revoltados, ao nível – senão pior – do comentário futebolístico. Ainda não perdi essa convicção. Mas que ela tem sido esfaqueada cada vez mais perto de zonas fatais, lá isso tem.
O que a final retiro desta polémica e desta queda do Governo, é um par de coisas: a primeira é de que ninguém tem razão no meio disto tudo e de que todos ficam mal na fotografia e, a segunda, é que faltam políticos de referência e de qualidade.
Quanto à primeira, o grande culpado é o cessante Montenegro. Ele bem sabe que os atos que tomou aparentaram contornar o regime das incompatibilidades e exclusividade a que está sujeito e não pugnou pela transparência. Contudo, a sua queda foi amadora e do foro formal. Em substância, há algum comportamento que justificasse a queda de todo um Governo? Não. Em substância, Montenegro decidiu ou teve qualquer intervenção, na qualidade de Primeiro-ministro, em pastas nas quais tinha um conflito de interesses? Isso sim, seria uma questão cuja resposta afirmativa seria adequada a fazer cair o Governo. E disso não temos conhecimento.
Por outro lado, a oposição também não tem razão. Deu a aparência de doença terminal a uma ferida superficial. E sai mal por causa disso, pelas suas artimanhas foleiras que também empurram o país para uma crise política (mais uma…), vejamos se económica. Os eleitores não esquecerão. Eu não esquecerei.
De uma hipocrisia brutal foi o que o Governo tentou fazer in extremis. Quando o autor de toda a situação foi Montenegro, o Governo tentou empurrar toda e mais alguma culpa por esta situação à oposição. Hipocrisia que registo negativamente a este Governo. Nem sei se consigo dizer que o próprio António Costa seria disto capaz, mesmo sabendo do nível do seu taticismo.
Quanto à segunda, interrogo o próprio leitor: vê algum líder partidário com a qualidade, dignidade, experiência e idoneidade necessária para assumir as frentes executivas do país? Eu não. No meu reduzido percurso como eleitor, pela primeira ignoro totalmente em quem confiarei o meu voto. Será esta a primeira vez que o meu boletim entra na urna sem ter sido por mim rabiscado? A ver vamos. À partida destas campanhas é este o panorama. À chegada, veremos. Uma coisa é certa: memorizei bem as caras e as cores político-partidárias dos autores desta crise.
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