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O Teatro Viriato vai celebrar os 50 anos do 25 de Abril numa parceria com o Carmo’81 que resulta na segunda edição do festival “Precárias”. A partir das 21h00, será possível assistir no Carmo’81 a três espetáculos de performance musical.
O projeto de criação intercultural e comunitário foca-se em celebrar a liberdade e a identidade de pessoas trans, queer, não-binárias ou racializadas. Na noite de 24 de abril, o festival apresenta Herlander, Carolina Varela e Tita Maravilha – esta a responsável pela conceção do festival além de ser ativista, mulher travesti brasileira, atriz, cantora, performer, palhaça e DJ.
A programação deste festival na entrada do dia que marca os 50 anos de liberdade, “não é inocente”, como explicou o diretor artístico do Teatro Viriato, Henrique Amoedo. “Tentámos trazer uma população socialmente excluída e colocar o holofote sobre essa população num momento em que estamos a olhar para o outro lado”. Para o diretor artístico, é preciso fazer a sociedade questionar se “essas pessoas estão tão livres quanto vocês imaginam?”
“Estamos a falar das pessoas trans aqui especificamente no festival ‘Precárias’, mas podia ser qualquer outro segmento social. Se olharmos para as pessoas com deficiência há 25 anos, elas não tinham a visibilidade e a normalização que existe hoje dentro do universo das artes”, continuou ainda Henrique Amoedo, durante a apresentação da programação do Teatro Viriato entre fevereiro e julho de 2024. “Mas isso foi um caminho construído e esse caminho continua a ser construído não só por pessoas com deficiência, mas por outros segmentos sociais. Acho que esse momento de liberdade é importantíssimo e a noite de 24 de abril não foi pontuada por acaso”, continuou.
A noite começa com a performance “Dragon Soup”, de Carolina Varela, num espetáculo que é um manifesto multidisciplinar e que reflete sobre “os pactos estabelecidos com o passado que precisam de ser renovados num futuro que está por vir”, explica o teatro. Segue-se Herlander, um artista multidisciplinar de Lisboa que “tem vindo a reescrever as regras do standard popular musical”. A noite termina com um DJ set de Tita Maravilha, intitulado “DJ7 – Tesão e Revolução”. A artista propõe, na sua performance, mostrar um “som dançante e atrevido que revela beleza e fúria trans”.