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Teatro Viriato: cultura reage com surpresa à saída de Patrícia Portela

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 Teatro Viriato: cultura reage com surpresa à saída de Patrícia Portela
05.02.22
fotografia: Jornal do Centro
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 Teatro Viriato: cultura reage com surpresa à saída de Patrícia Portela
14.01.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 Teatro Viriato: cultura reage com surpresa à saída de Patrícia Portela

A surpresa tomou conta de algumas figuras da cultura com o anúncio da saída de Patrícia Portela da direção artística do Teatro Viriato. Patrícia Portela deixa de ser diretora artística do Teatro Viriato

A artista e escritora terminou no início desta semana o vínculo com o Centro de Artes de Espetáculo de Viseu (CAEV), a entidade gestora do Teatro Viriato, por comum acordo. Isto depois de quase dois anos de uma liderança marcada pela pandemia da Covid-19, que impôs o encerramento das salas de espetáculos durante os confinamentos e várias restrições.

A diretora do Museu Nacional Grão Vasco, Odete Paiva, disse estar surpreendida com a saída que, afirmou, representou o fim de um ciclo para o Teatro Viriato.

“As instituições naturalmente têm o seu curso e existem para lá das pessoas que as gerem. Não creio que a saída da Patrícia Portela seja o fim do Teatro Viriato, pode ser é o fim de um determinado tipo de projeto no Teatro e é isso o que está sempre em causa”, afirmou.

Apesar disso, Odete Paiva – que já foi vereadora da Cultura no primeiro executivo de Almeida Henriques na Câmara de Viseu – acredita que o Teatro Viriato vai continuar a fazer parte da oferta cultural da cidade.

“Quando as instituições são como o Teatro Viriato ou o Museu Grão Vasco, elas perdurarão com certeza para lá dos diretores que vão fazendo o seu melhor”, disse.

Odete Paiva reconheceu que Patrícia Portela acabou por também não ter sorte com a altura em que esteve em Viseu, durante a pandemia, considerando que este não terá sido “o melhor período para revelar a qualidade cultural do Teatro Viriato” com os confinamentos e constrangimentos provocados pela Covid-19, além dos ajustamentos na programação.

“Provavelmente, a Patrícia, quando veio a Viseu, não tinha em mente fazer nada daquilo do que esteve a fazer e, pondo-me um pouco no lugar dela, penso que será um pouco injusto porque ela teria um projeto que não a executou com estes constrangimentos e que, provavelmente como acreditamos que isto está a melhorar, poderia recomeçar e voltar ao projeto que teria na cabeça”, acrescentou.

Já a atual vereadora da Cultura na autarquia viseense, Leonor Barata, disse ao Jornal do Centro que, mesmo sendo dona do Teatro Viriato, a Câmara não se envolve nas escolhas artísticas.

“O CAEV é uma organização completamente autónoma da Câmara e a prática do Município é que não tem de se intrometer nas escolhas artísticas do Teatro, e prezo bastante a autonomia artística que o CAEV tem mantido ao longo destes anos”, lembrou.

Leonor Barata, que também tem experiência artística como bailarina e coreógrafa, garantiu também que o município foi informado “como deve ser, aliás, pelas boas relações instituições que nos juntam”.

A vereadora acredita que a qualidade artística vai continuar a ser assegurada no Teatro Viriato e reitera que a saída de Patrícia Portela teve também a ver “com o fecho de um ciclo”.

“Agora, o CAEV vai ter de encontrar uma solução que vai ser certamente partilhada com o Município para a nova direção artística”, acrescentou.

Artistas elogiam trabalho de Patrícia Portela

Também nas redes sociais, alguns artistas e figuras associadas ao Teatro Viriato quiseram homenagear Patrícia Portela pelo trabalho realizado na instituição.

A organizadora dos Jardins Efémeros, Sandra Oliveira, revelou-se “incrédula com esta brutal notícia” da saída.

Recordou que, quando Patrícia Portela chegou ao Teatro Viriato em março de 2020, não a conhecia pessoalmente, “mas conhecia o trabalho, e isso bastava-me para saber que se augurava uma nova brisa a soprar, fresca e cosmopolita, no setor cultural de Viseu”.

Já Sérgio Hydalgo, da Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, escreveu no Facebook que a ex-diretora artística “ousou imaginar um teatro diferente: horizontal, livre, aberto ao mundo e à comunidade”.

“Tive a oportunidade, única, de colaborarmos e pensarmos um programa de concertos e residências aventureiro e sem concessões. Agradeço-lhe a confiança e entusiasmo”, escreveu. A Galeria Zé dos Bois organizou, em 2021, um ciclo de música que teve lugar no Teatro Viriato e Sérgio Hydalgo ainda participou na recente iniciativa do 1 000 058.º Aniversário da Arte, que decorreu em janeiro.

Nuno Veiga, que é artista associado do Teatro Viriato, disse ter ficado “muito triste” com a notícia da saída de Patrícia Portela e agradeceu-a por ter “aberto as portas do Teatro Viriato e pelos maravilhosos projetos que desenvolvemos”.

Já Isabel Campante, que fez parte da equipa de comunicação do Teatro Viriato, escreveu que os quatro meses que trabalhou com Patrícia Portela “foram quotidianos de alegria e privilégio, sorriso e sonho, construção e insistência” e que fez uma amiga.

Num comunicado divulgado na passada terça-feira (1 de fevereiro), que oficializou a saída da ex-diretora, o Centro de Artes do Espetáculo de Viseu (CAEV) garantiu que Patrícia Portela deixou definida a programação do Teatro Viriato até ao final deste ano e que será feita “uma consulta para a seleção da nova direção artística, cujo procedimento será desenvolvido em breve”.

No mesmo comunicado, o CAEV deixou um agradecimento à escritora, dramaturga e artista pelo “trabalho desenvolvido nestes dois anos, num contexto tão difícil como o que atravessámos”, referindo-se à pandemia da Covid-19, e fez “votos de sucesso na sua vida pessoal e profissional/artística”.

A nota não divulgou os motivos que levaram à saída de Patrícia Portela, que foi a quarta diretora e a segunda mulher a liderar os destinos do Teatro.

Uma gestão marcada pela pandemia

A escritora assumiu as funções de diretora artística a 1 de março de 2020, tendo sucedido a Paula Garcia, que saiu da estrutura para coordenar a missão da candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura em 2027. Atualmente, continua a presidir à direção do CAEV.

Quando anunciou a nomeação de Patrícia Portela como diretora há cerca de dois anos, o Teatro Viriato referia-se a ela como uma “profunda conhecedora” do espaço cultural e também “uma das artistas que tem marcado presença assídua na sua programação”, sendo reconhecida “nacional e internacionalmente pela singularidade da sua obra, tendo recebido por ela vários prémios”.

Já a direção do CAEV referia, na mesma altura, que a escolha de Patrícia Portela iria “garantir a continuidade” do projeto do Teatro Viriato. Mas, desde então, a programação do Teatro Viriato tem sido constantemente ajustada face à evolução da Covid-19, sendo que o espaço cultural foi fechando e reabrindo as portas conforme a situação pandémica e as restrições em vigor.

Apesar do contexto de pandemia, Patrícia Portela apostou sempre em convocar a presença do público, quer presencialmente, quer virtualmente (através dos “subpalcos” virtuais). Um dos projetos, “Boca A Boca”, foi feito em parceria com a Rádio Jornal do Centro.

Numa tentativa de estar mais próximo do público, no ano passado, o Teatro Viriato abriu o Meia Dose, no centro comercial Forum Viseu, onde foram apresentadas pequenas performances, livros, conversas, vídeos e exposições.

Mais recentemente, o espaço cultural organizou mais uma edição do festival de dança NANT, que passou a ser chamado de “Novas Ações, Novos Tempos” e teve uma alteração na data de novembro para janeiro.

Patrícia Portela, que viveu o seu percurso artístico com passagens entre Portugal e Bélgica, foi criadora de espetáculos como “Flatland”, “Wasteband”, “Por Amor”, “Fábulas Elementares”, “A Coleção Privada de Acácio Nobre” e “Parasomnia” e autora de livros como “Para Cima e não para Norte”, “Banquete”, “Dias Úteis”, “Hífen” e “Seis Histórias de Tamanhos Diferentes”.

Antes de Patrícia Portela, o Teatro Viriato, que foi reaberto em finais dos anos 1990, teve como diretores Paulo Ribeiro (que desempenhou o cargo por duas vezes, de 1998 a 2003 e entre os anos de 2006 e 2016), Miguel Honrado e Paula Garcia.

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