010923190320090f76b4f631abca3f19011800c70557648af05d
cinfães fisioterapia
lixo viseu
som das memorias logo
261121082345cbd31e4f08cbc237fdbda2b5563900947b148885
261121083019a9f55af575cc44675655afd52fd8ee0b7e8852f2

As casas antigas são mais do que casas. São testemunhas da nossa…

30.12.24

A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…

30.12.24

A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões de 2025 para os…

29.12.24

por
Jorge Marques

 A Memória-Maior de Viseu

por
Joaquim Alexandre Rodrigues

 Dito aqui em 2024
Home » Notícias » Desporto » “Todos concordamos que Viseu precisa de mais um pavilhão desportivo”

“Todos concordamos que Viseu precisa de mais um pavilhão desportivo”

 A 18 de janeiro, Viseu despede-se de um ano em que se propôs revolucionar o desporto na cidade e no concelho. Uma Gala vai marcar o fim de Viseu Cidade Europeia do Desporto. O que fica, o que falta fazer e as lições para o futuro. O vereador do desporto de Viseu assume ter sentido dificuldades no 'dossiê' Estádio do Fontelo e confia que a cidade pode receber seleção no mundial

Carlos Eduardo Esteves
 “Todos concordamos que Viseu precisa de mais um pavilhão desportivo”
29.12.24
fotografia: Jornal do Centro
partilhar
 “Todos concordamos que Viseu precisa de mais um pavilhão desportivo”
30.12.24
Fotografia: Jornal do Centro
pub
 “Todos concordamos que Viseu precisa de mais um pavilhão desportivo”

Os objetivos de Viseu Cidade Europeia do Desporto foram cumpridos?

Julgo que sim e a vários níveis. Mais do que duplicarmos o número de eventos de um ano para o outro, esses eventos incidiram sobre áreas que, para nós, são cruciais. Tentámos que todos os setores da área do desporto fossem incluídos, todos os públicos, desde a idade escolar até aos seniores. Quisemos que as atividades de inclusão fossem centrais neste roteiro pelo desporto em Viseu. Mais do que o número de eventos, criámos um conjunto de oportunidades para que, quem não pratica desporto, possa experimentar.

Há já o número de eventos organizados?

Ainda não terminámos o ano e falta-nos este último trimestre, mas ultrapassaremos certamente o número de 400 eventos. Ainda nos falta apurar os últimos dados, mas sabemos que aumentou o número de clubes e que os clubes abriram mais escalões e mais equipas. E, com isto, mais atletas. Houve também mais atividades desportivas informais, para todos.

Recordo-me do campeonato nacional de atletismo em masculinos e femininos e em andebol a final da Supertaça. Faltaram mais finais ou foram as suficientes para divulgar Viseu?

Nós já tínhamos um currículo bom. Não partimos do zero até porque para sermos cidade europeia, tínhamos de ter infraestruturas e mostrámos aos avaliadores que as tínhamos, como temos programas municipais. Cada um pode avaliar. Já tínhamos um conjunto de eventos como a Volta a Portugal, o Rali, no andebol tínhamos grandes competições, a Meia Maratona e acrescentámos algumas coisas. Repare que a Volta a Portugal teve pela primeira vez uma apresentação fora de Lisboa este século. E foi em Viseu. Tudo isto somou. Há aspetos que podem ter passado despercebido, mas Viseu teve os campeonatos nacionais de judo, as quatro maiores provas de xadrez e imensas provas de basquetebol, voleibol… Tentámos que as nossas 35 modalidades tivessem expressão no programa da Cidade Europeia do Desporto. Fomos mais longe, porque atividades que eram pouco conhecidas passaram a ser mais divulgadas para o público viseense. Exemplo disso foi o tiro com arco, o footgolfe, a pelota basca… Por estes aspetos acho que as coisas correram muito bem.

Que lições ficam para o futuro deste programa da Cidade Europeia do Desporto?

Tudo isto é um processo para que, de facto, mais pessoas pratiquem atividade física de uma forma frequente e continuada. Este é o grande objetivo. Temos de tratar a Cidade Europeia do Desporto como mais um passo para continuar a trabalhar, mantendo o que correu bem, o que teve bons resultados, reformulando o que não esteve não bem. Foi também positivo perceber como é que o desporto pode ser um veículo de integração de comunidades e solidariedade.

O que é que não correu tão bem?

Há sempre coisas a melhorar. Por exemplo a forma como divulgamos a informação para chegar a vários públicos. Também a questão da ética e dos valores do desporto é uma área muito complicada. Quando assistimos a um jogo de sub-10, sub-12, sub-14, percebemos que os problemas continuam a existir fora do campo. Outro aspeto que poderia merecer a aposta do Governo central tem a ver com as instalações próprias dos clubes, que devem estar equipadas ao nível da segurança e das acessibilidades. Penso que é preciso uma literacia maior e apoios também para que os clubes possam dar este salto e apresentarem melhores condições nos seus espaços. Muito fazem eles, mas estes são aspetos em que precisamos de melhorar.

Na questão dos equipamentos desportivos, Viseu saiu a ganhar?

Viseu está a crescer, ao contrário da maior parte das cidades do interior. Esta necessidade de espaços revela-se muito quando associações e clubes começam a duplicar o número de equipas. E isto é significativo.

É uma das suas dores de cabeça a atribuição de espaços?

Sem dúvida. Nós temos critérios. Por exemplo um clube que tem um escalão no ano anterior, deve manter-se naquele espaço. Tentamos também atender à idade dos atletas. Nesta questão dos equipamentos, a verdade é que viemos de um processo em 2023 em que trabalhámos bastante para que a pista de atletismo do Fontelo estivesse concluída, tal como a iluminação, que serve o Académico de Viseu, mas também nove clubes de atletismo de Viseu. Criar essas infraestruturas era essencial.

E foi uma gestão foi fácil?

Nunca é. Nem aqui nem em lado nenhum. Se a pista de atletismo estivesse noutro local não haveria as dificuldades que por vezes surgem, mas foi a realidade com que nos defrontámos quando iniciámos o mandato. Tivemos de resolver. Nas infraestruturas não construímos nada de raiz, mas fizemos melhorias, no skate park, campo de ténis, piscinas, inaugurámos o Centro de BTT.

Recentemente no Jornal do Centro, Pedro Escada, antigo cabeça de lista pelo Aliança no círculo de Viseu, defendeu que a “construção de um Pavilhão Desportivo Municipal em Viseu é uma necessidade premente e um investimento de elevada relevância para a nossa comunidade”. Concorda?

Não há como não concordar. O presidente da Câmara já começou a falar de novas infraestruturas desportivas. Ainda não temos um mapeamento. Faz parte de um trabalho que está a ser feito de uma forma muito intensa, conduzido pelo nosso presidente da Câmara.

Falamos de um pavilhão da dimensão de um Pavilhão Cidade de Viseu?

Não lhe consigo dizer, mas posso referir que temos boas notícias para o desporto quer ao nível de um espaço fechado, quer de espaços abertos. É necessário, sem dúvida porque há um aumento grande de praticantes. Agora temos também de ver que há clubes que se dotaram de espaços próprios e que o município apoiou ao longo dos últimos anos com muitas centenas de milhares de euros, para que esses espaços estivessem hoje em dia em condições.

As cidades que abraçam iniciativas como a da Cidade Europeia do Desporto, gostam de deixar marca. Que identidade quer Viseu deixar?

Eu penso que Viseu criou iniciativas para as pessoas darem o primeiro passo e/ou continuarem a praticar desporto. E fazerem-no de forma frequente. Se há uma marca que deixámos, foi exatamente esta. Mas o dinamismo dos nossos clubes deixa uma marca enorme. Eles já realizavam muitas atividades, passaram a realizar o dobro ou o triplo, angariaram atletas, saíram fora da caixa com atividades que não era costume fazerem.

Viseu que recebeu de Viana do Castelo o testemunho de Cidade Europeia do Desporto. Vai ter agora de despedir-se. Já pode ser desvendada a data e o que vai acontecer na cerimónia de encerramento?

No dia 18 de janeiro teremos a cerimónia de encerramento que vai ser, ao mesmo tempo, uma gala de desporto. Queremos fazer uma festa de desporto, mas não queremos deixar de homenagear os vários clubes, juntas de freguesia, embaixadores e uma série de entidades e pessoas que muito contribuíram no passado, também em 2024 e que irão continuar a fazer. Se o estado do tempo nos ajudar, podemos ver na zona antiga da cidade uma mostra das várias modalidades. E depois, à noite, a partir das 21h, no Pavilhão Multiusos, teremos a gala e cerimónia de encerramento e passaremos a Matosinhos o testemunho de Cidade Europeia do Desporto.

Viseu pode acolher o estágio de uma seleção de futebol no Mundial 2030. Em que pé está esse processo?

Está fechado. São 16 as cidades ou os territórios que podem acolher seleções. Estamos esperançosos de que Viseu possa acolher até por termos proximidade a aeroportos, a Espanha e outros aspetos essenciais, como a capacidade hoteleira. Agora tudo depende do interesse das seleções. Elas são livres de escolher.

O Governo vai investir 65 milhões de euros adicionais no desporto no período 2024-2028. Vinte e sete destes 65 milhões vão ser usados na requalificação dos Centros de Alto Rendimento, mas também para construir ou melhorar infraestruturas desportivas. Vai chegar algum dinheiro ao poder local?

Espero que sim. Não deixaremos nenhuma oportunidade escapar para melhorar as infraestruturas desportivas. Queremos trabalhar a esse nível e também ajudar clubes e associações para que possam candidatar-se às medidas.

Se fosse secretário de Estado de Desporto ou ministro da pasta, que medida tomava? O que é mais urgente?

É a questão das instalações, mas há outros aspetos a debater. Provavelmente criaria o estatuto de estudante – atleta. Considero que essa área deveria ser mais trabalhada. O primeiro-ministro referiu exatamente essa necessidade e julgo ser um aspeto importante. E decidiria também melhorar, com várias ações, a literacia nas direções dos clubes, para que sejam transmissores de boa informação e possam, nos clubes e nas associações, melhorar os espaços no que diz respeito a sustentabilidade, segurança e acessibilidades.

2024 está a acabar. Que memórias ficam?

A cerimónia de abertura da Cidade Europeia do Desporto foi marcante. A visita dos avaliadores [da Associação das Capitais e Cidades Europeias do Desporto (ACES Europe)] foi um momento extremamente interessante em que estiveram envolvidos clubes, associações, modalidades.

Já há desejos para 2025?

O que se deseja é que as pessoas continuem a sentir-se bem em Viseu. Por vezes é preciso cortar árvores para que novas cresçam, é preciso intervenções que afetam o trânsito e alvo de críticas, mas não há dúvidas de que, a seguir, há melhorias. Eu tenho os pelouros do Ambiente, do Desporto e da Educação. São muitos pelouros, mas gosto deste casamento. São áreas que se interligam muito bem. Podemos falar de desporto na natureza ou na escola ativa. O que desejo é que possamos observar mais os resultados e não irmos logo para a crítica imediata, à distância de teclar. Talvez desejar um pouco mais de paciência com as outras pessoas. Deste modo a comunidade vai viver melhor.

 “Todos concordamos que Viseu precisa de mais um pavilhão desportivo”

Outras notícias

pub
 “Todos concordamos que Viseu precisa de mais um pavilhão desportivo”

Notícias relacionadas

Procurar