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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Miguel Varzielas, ortopedista no Hospital CUF Viseu
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Rita Andrade, Enfermeira Especialista em Enfermagem Comunitária, UCC Viseense
Quatro dias de festa, mais de dez concertos e a promessa de que Tondela é o centro do mundo. O Tom de Fesya, festival de música organizado pela ACERT, arranca esta quarta-feira.
Ao longo de quatro dias, a ACERT é palco de uma programação que inclui 12 concertos de artistas provenientes de Portugal, Gabão, Brasil, Argentina, Colômbia, Espanha e Palestina/Alemanha. Além dos concertos, o festival oferece uma programação paralela com atividades culturais e encontros com artistas, promovendo e convocando o público para viver o festival para lá das horas de concerto.
“Este ano o festival tem como lema o ‘Direito à Festa’. Apesar de termos situações terríveis no mundo, como o que está a acontecer na Ucrânia e na Palestina, que estão mais próximas, este direito não nos faz esquecer isso”, afirmou o diretor artístico da ACERT, José Rui Martins. Para o diretor, este direito a celebrar “revela sim, no festival de músicas do mundo, o papel que a música tem sempre em cada um desses países para ser um ato de bem-estar e, muitas vezes, também de revolta e de contestação”.
O festival abre com “Em Cantos de Abril”, um espetáculo que junta Selma Uamusse, Julio Pereira e convidados à Sociedade Filarmónica de Tondela. Este concerto evoca as canções de intervenção que marcaram a revolução em Portugal, celebrando a liberdade com um repertório que incluirá hinos de liberdade de outras proveniências.
Na mesma noite, Ana Lua Caiano, leva o público numa viagem sonora que une a tradição portuguesa à música eletrónica Na quinta-feira, dia 11 de julho, sobe a palco a cantora gabonesa Pamela Badjogo, a quem muitos consideram a princesa do afro-pop bantu. Na mesma noite, os Expresso Transatlântico apresentam a sua “Ressaca Bailada”.
A sexta-feira, dia 12 de julho, começa com o concerto da Criatura, um coletivo eclético de músicos que revisita a memória popular portuguesa para criar música e arte inovadoras. Com adufes, gaitas de foles e vozes profundas, este espetáculo promete fazer dançar, celebrar e romper com padrões culturais saturados que insistem em permanecer.
Segue-se Yamandu Costa com o Trio Ibero-americano, um projeto do artista brasileiro, no qual convida dois grandes músicos da mesma geração, que carregam em si uma tradição potente de cada um dos seus países, para o acompanhar. Em Tondela, partilhará o palco com Martin Sued e José Manuel Neto, prometendo um concerto de celebração da tradição ibero-americana ao som do violão brasileiro, o bandoneon argentino e a guitarra portuguesa.
A noite de sexta traz ainda a artista Lao Ra que com uma atitude punk e força tropical colombiana, apresentará um concerto vibrante com um registo pop.
No sábado, dia 13 de julho, a música volta a ouvir-se no Tom de Festa com a voz de Lura, acompanhada pelo Coletivo Gira Sol Azul. Neste concerto que une Cabo Verde e Portugal através da Morna, Funaná, Batuque e até o Jazz, com a sua voz doce e forte, Lura trará músicas do seu álbum mais recente “Multicolor”. Este concerto acontece em parceria com o festival Que Jazz é Este que acolherá o mesmo, em Viseu, na semana seguinte.
A noite prossegue com a artista espanhola Rita Payés, que apresentará o seu terceiro álbum “De Camino al Camino”, uma viagem musical que celebra a beleza do quotidiano e se torna testemunho das raízes que nos ligam à nossa origem.
De seguida é a vez de ver e ouvir Jamila & Other Heroes. A banda descreve a sua música como Funk Psicadélico do Deserto e traz a Tondela sonoridades que viajam da herança palestiniana à cosmopolita Berlim.
À programação musical ainda se juntará uma programação paralela que inclui workshops, mercado de trocas, aulas, entre outros, que convoca o público para o jardim da ACERT num ambiente de partilha, para que a comunidade possa também fazer desta a sua casa durante o Tom de Festa. Nas paredes a arte de Ramón, com um mural que assinala a Liberdade. O festival conta ainda com exposições, como a do fotógrafo tondelense Gustavo Dinis e abriga também o movimento Tom de Verde, que “quer despertar consciências para a sustentabilidade”.