funeral militares
INCENDIOS CASTRO DAIRE E SÃO PEDRO DO SUL 10
Hospital de Viseu (1 of 1)_0
261121083019a9f55af575cc44675655afd52fd8ee0b7e8852f2
221221102816ea5e4a48ad2623f3eea1d59d63cf34ae78d05d1d
140122144234ddd8df4b510d3e43d02babb42d9dd1f2fb699a5c

As lojas online transformaram a forma como fazemos as nossas compras. Num…

15.10.24

A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…

15.10.24

Aqui está ela! Nala, a verdadeira guerreira da sua história! Esta cadela…

11.10.24

por
Miguel Varzielas, ortopedista no Hospital CUF Viseu

 Inovações no tratamento da coluna

por
Rita Andrade, Enfermeira Especialista em Enfermagem Comunitária, UCC Viseense

 Uma realidade… a morrer na praia?!

por
Joaquim Alexandre Rodrigues

 Imbróglios televisivos
cuidados paliativos genérico
x
pexels-cottonbro-4114918
Home » Notícias » Colunistas » Trinta dias que modificaram a Europa e o Mundo

Trinta dias que modificaram a Europa e o Mundo

 Trinta dias que modificaram a Europa e o Mundo
13.07.24
partilhar
 Trinta dias que modificaram a Europa e o Mundo

por
José Junqueiro

Nada ficou como dantes com as sucessivas eleições. Tudo começou em junho, para o Parlamento Europeu, em plena guerra entre a Federação Russa e a Ucrânia, Putin versus Zelensky. Um tema comum a todos os atos eleitorais. Por vezes nem nos damos conta das mudanças que estão a condicionar as nossas vidas. É o caso. As eleições para o PE, ao arrepio do temido crescimento exponencial da extrema direita, consolidaram uma maioria democrática com a dominância do Partido Popular Europeu (PPE) e da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D). A alemã Ursula von der Leyen obtém um segundo mandato como Presidente da Comissão Europeia, o português António Costa é o novo Presidente do Conselho Europeu, com apoio ativo do primeiro-ministro Luís Montenegro, e a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, será a alta representante para a Diplomacia Europeia e Política de Segurança. A extrema direita conta mais e reforçou-se na representatividade e na estratégia. Viktor Orbán, por sua iniciativa, fundou uma nova família política, os “Patriotas da Europa”, constituindo-se na terceira força política do PE com 84 deputados, incluindo os do Chega, ultrapassando os Conservadores e Reformistas europeus (ECR), liderados por Georgia Meloni. Ao mesmo tempo e durante os próximos 6 meses, o Presidente da Hungria, o mesmo Viktor Orbán, o líder mais eurocético da União Europeia – que paradoxo – assume a presidência rotativa sob o lema trumpista “Make Europe Great Again”, facto que já criou barulho de fundo em Bruxelas. E, sempre a somar equívocos, ainda que sem qualquer mandato nesse sentido, decidiu visitar Zelensky, Putin e Xi Jinping para espelhar uma hipócrita ronda pela paz, porque, como todos sabemos, a sua lealdade está enfeudada a Moscovo. Tal como referi no meu último artigo, ninguém percebe que esta Europa não possua líderes, instrumentos e coragem para evitar a sua “democrática erosão interna”.

 Trinta dias que modificaram a Europa e o Mundo

No Reino Unido a previsível vitória dos Trabalhistas de Keir Starmer concretizou-se com uma maioria absoluta. Elegeram 412 dos 650 deputados e os Conservadores de Rishi Sunak, há 14 anos no poder, tiveram um dos piores resultados de sempre. A crise económica, os desmandos sucessivos dos Conservadores, o Brexit e alguns escândalos à cabeça, provocaram uma reação decidida do eleitorado. De facto, os “súbditos de Sua Majestade” foram conduzidos a uma encruzilhada de muito difícil solução. Apostaram na mudança, mas tempos difíceis e muitas expetativas esperam Keir Starmer e os Trabalhistas. Em França, na 2ª volta das legislativas, a surpresa aconteceu. A extrema direita de Marine Le Pen foi travada pela Nova Frente Popular (NFP), uma “geringonça” formada em tempo recorde por socialistas, comunistas, verdes e o partido esquerdista de Jean-Luc Mélenchon, a França Insubmissa, e passou de primeiro a terceiro lugar. Fazendo fé nos números finais mais atualizados, a Nova Frente Popular obteve 182 dos 577 lugares do Parlamento, a aliança de centro do presidente Mácron 158 e o Rassemblement National de Marine Le Pen e seus aliados, apenas 143. Já os Republicanos e outros partidos de direita garantiram 67. Não há maioria absoluta para nenhum dos lados pelo que a França e Mácron enfrentam um problema sério de eventual ingovernabilidade. Ventura, um dos protagonistas de “la grande bouffe” da extrema direita em Madrid, o Europa Viva 24, uma espécie de convenção dos partidos populistas e ultraconservadores, acabou a noite na rede “X” num “vale de lágrimas”, salvo seja, vociferando contra tudo e contra todos. Já as europeias em Portugal não lhe tinham corrido de feição. Que pena! O Irão, noutras latitudes, também foi a votos e elegeu Masoud Pezeshkian como o novo presidente, sucedendo a Ebrahim Raisi, falecido num acidente aéreo em maio último. Pezeshkian, cirurgião cardíaco, é um reformista conhecido, crítico em múltiplas ocasiões do regime político, da “polícia da moralidade” e do uso obrigatório do hijab. No entanto, é Ali Khamenei, o Chefe de Estado há mais tempo no poder no Oriente Médio, que detém o poder real no Irão. Não se avizinha fácil o mandato de Pezeshkian, mas é uma esperança para a maioria do povo iraniano. Finalmente, nos EUA, avizinha-se o dia “D” das eleições presidenciais com Trump a pontificar sobre a debilidade de Joe Biden. Trump não é o “Desejado” da maioria dos Republicanos, mas têm-lhe medo. Biden é uma pessoa de quem se gosta, mas já não é o “Desejado” dos Democratas pelo seu elevado grau de fragilidade. As sondagens dizem que nenhum dos dois é o “Desejado” do povo americano. Sabendo-se, como se sabe, da proximidade antiga entre Trump e Putin, bem como a sua indiferença pelo colapsar da Ucrânia e uma alergia à Nato, nada de bom existe que possa tranquilizar a Europa e o Mundo nos tempos mais próximos … e bem preciso era!!!

 Trinta dias que modificaram a Europa e o Mundo

Jornal do Centro

pub
 Trinta dias que modificaram a Europa e o Mundo

Colunistas

Procurar