exposição terrae viseu
crianças mão dada foto genérica
467480940_601313122241521_600810623424470239_n
261121083019a9f55af575cc44675655afd52fd8ee0b7e8852f2
221221102816ea5e4a48ad2623f3eea1d59d63cf34ae78d05d1d
140122144234ddd8df4b510d3e43d02babb42d9dd1f2fb699a5c

A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…

18.11.24

O exercício físico e o extrato de flor de castanheiro podem ser…

16.11.24

No Outono, os dias são mais curtos e as noites mais frescas,…

11.11.24

por
José Junqueiro

 Quando a culpa morre solteira

por
Joaquim Alexandre Rodrigues

 O Leitor de Dicionários

por
José Carreira

 Que tral trocar de corpo?
greenauto stellantis mangualde
cave lusa
casa de santar
Home » Notícias » Colunistas » Um mail estúpido

Um mail estúpido

 Um mail estúpido
03.08.24
partilhar
 Um mail estúpido

por
Joaquim Alexandre Rodrigues

1. Às 14:57 de segunda-feira, 29 de Julho, o excelentíssimo jornal Público enviou um mail aos seus leitores a anunciar: “Maduro vence, oposição apela aos militares.”
Mail estúpido. O Público, ao poluir desta maneira as caixas de correio electrónico, deu por boa a proclamação da vitória de Nicolás Maduro, nas eleições de domingo na Venezuela, feita por um conselho eleitoral dependente do governo. Esse anúncio foi só mais uma golpada num processo eleitoral cheio delas:
— a líder da oposição María Corina Machado foi impedida de concorrer e teve que ser substituída por Edmundo González ;
— os boletins de voto tinham 13 fotografias de Maduro (!);
— o aparelho de estado esteve completamente ao serviço da propaganda chavista;
— milhões de venezuelanos na diáspora primeiro foram obrigados a emigrar e agora foram impedidos de votar;
— observadores internacionais independentes foram impedidos de entrar no país, entre eles o eurodeputado português Sebastião Bugalho;
— durante a votação, nas suas motas e armados, os “colectivos” bolivarianos andaram a intimidar eleitores e no final sequestraram actas eleitorais;
— …
Sem surpresa, a Rússia, a China, a Síria, a Nicarágua e a Coreia do Norte apressaram-se logo a dar os parabéns a Nicolás Maduro pela sua “retumbante” vitória. São as cinco “democracias” mais adoradas pelo nosso PCP, que também fez um comunicado a saudar a “vitória” de Maduro.

2. Como explica Timothy Snyder, em “O caminho para o fim da liberdade”, as democracias morrem quando as pessoas deixam de acreditar que o voto serve para alguma coisa.
É que “a democracia produz um sentido de tempo, uma expectativa de futuro que acalma o presente”. Quando as eleições são livres e justas, os eleitores sabem que, se se equivocarem no seu voto, nas eleições seguintes corrigem o erro. Deste modo, a democracia “transforma a falibilidade humana em previsibilidade política e ajuda-nos a experienciar o tempo como movimento para a frente, para um futuro sobre o qual temos alguma influência.”
Ora, quando as eleições são roubadas, como foram no domingo na Venezuela, morre a esperança no futuro. A viverem essa desgraça, os venezuelanos sabem isso muito bem. Aquele escriba do mail do Público, não.

 Um mail estúpido

Jornal do Centro

pub
 Um mail estúpido

Colunistas

Procurar