No terceiro episódio do programa “Bem-Vindo a”, tivemos o prazer de conversar…
São mais de 100 presépios, de diferentes tamanhos e construídos ao longo…
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Teresa Machado
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Isalita Pereira
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Joaquim Alexandre Rodrigues
Um João I a elevou, João II apagou-a, João III internou-a e Viseu foi com D. Sebastião e acabou nacionalizada (coroa) em 1577.
Naquele tempo o concelho era governado por Oficiais, tidos como homens de sã consciência, com mandato anual não renovável nos dois anos imediatos. Nesse mandato não podiam existir parentes chegados, não se queria a concentração de poder na mesma família. A eleição da vereação era clara! Presidia um Corregedor, reunia a Vereação em exercício, os Homens-Bons e o Povo. Dividiam-se em grupos de dois, sem comunicação entre si, cada grupo organizava a sua lista completa, apresentava os respetivos votos numa pauta que era selada. Nesse tempo podia-se ser nobre sem ser por nascimento, bastava ser rico e não ter ascendentes que tivessem sido Oficiais Mecânicos. O ódio á indústria já vem daí! A gente da governança da Câmara foi ganhando poder e assume-se como “os que mandam”. É um poder que se vai consolidando e há uma referência de que nesse tempo seriam uns vinte e quatro.*
Passados 444 anos vale a pena olhar as eleições autárquicas; o envolvimento das famílias, agora partidos; a negação da indústria que continua; a duração dos mandatos que passam de um ano para mais da dezena; o desprezo pelo cidadão por parte de “os que mandam”; a nobreza via dinheiro prevalece.
Hoje votamos metade dos 95 000 cidadãos que tem esse direito e metade dessa metade faz maioria. Isto é, um em cada quatro eleitores elegem uma governança que se julga com poder absoluto. E porquê? Primeiro porque há uma enorme confusão entre mandar e liderar por parte dos autarcas. Segundo porque os cidadãos não assumem o seu papel nesta liderança.
No meu tempo do Liceu havia uma frase do Salazar pelas paredes que dizia: “Se soubesses o que custa mandar, preferias obedecer toda a vida”…Mentira pegada! Mandar é fácil, o que custa é a liderança, porque essa obriga a aceitar que os dois lados são igualmente inteligentes…Na falta disso, temos mandantes a mais e liderança a menos! E Viseu acabou nacionalizada (partidos).
* (A cidade de Viseu Séc. XVI-Liliana Castilho)
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Teresa Machado
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