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O Bloco de Esquerda defende a “requalificação urgente” dos bairros sociais de Viseu e acusa a Câmara de ter deixado o bairro de Paradinha “ao abandono”, onde a comitiva do partido fez uma visita a propósito da campanha eleitoral.
Em comunicado, a candidatura bloquista à autarquia encabeçada por Manuela Antunes refere que a zona da freguesia de Repeses acusa falta de limpeza, manutenção e abandono dos espaços de recreio e lazer “num espaço que deveria ter como intenção a integração e o apoio social de cidadãs e cidadãos mais desfavorecidos”.
“Para tal, não basta criar infraestruturas que logo de seguida são deixadas ao desmazelo, com falta de vigilância e de manutenção, que certamente levarão ao desinteresse e à continuação de uma sensação de exclusão”, lê-se na mesma nota.
O Bloco refere ainda que o bairro é alvo de focos nocivos para a saúde com a existência de insetos, pulgas, carraças e piolhos, entre outras pragas que, segundo a candidatura, são motivadas principalmente pelo acesso de “animais não controlados” e pela falta de limpeza e desinfestação.
“Verifica-se também a destruição dos pinos em argamassa existentes para proteção ao estacionamento sobre os passeios, ficando expostos os ferros e metais interiores desses pinos de proteção, situação que provoca perigo iminente de acidente e atentado à saúde física dos adultos e das crianças que por ali circulam permanentemente”, acrescenta o partido denunciando ainda “veículos danificados e inoperacionais e outros equipamentos diversos de sucata” que constituem “um perigo de acidente e focos de insalubridade ambiental”.
O Bloco defende que a autarquia de Viseu deve garantir habitação social digna com programas que “não podem ser sinónimo de guetos ou do tratamento de quem necessita deste apoio como pessoas de segunda, através da atribuição de habitações deficitárias e com condições degradantes”, afirmando que a habitação pública em Viseu não chega a 1 por cento e que a Câmara não está a cumprir com a sua responsabilidade.
A candidatura bloquista defende por isso Catarina Martins acusa Costa de prometer agora o que antes recusou fazer “pela sua incapacidade de resposta na gestão da habitação social, com reintegração das suas competências na autarquia” e ainda a reformulação do modelo de habitação social “no sentido de descentralizar e disseminar as respostas por todo o concelho”.