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O distrito de Viseu encontrava-se em seca severa no final de julho, isto quando o mês passado foi o mais quente dos últimos 92 anos com temperaturas quase sempre acima do normal.
Os dados fazem parte do boletim climatológico de julho divulgado esta sexta-feira pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que classifica o mês passado em Portugal continental como extremamente quente em relação à temperatura do ar e muito seco em relação à precipitação.
No documento, o IPMA alerta para o facto de se terem registado diminuições mais significativas de água no solo em Viseu e também noutros distritos como Porto, Coimbra e Leiria. Num mês “excecional”, foram excedidos os extremos absolutos de temperatura máxima em 28 estações e da temperatura mínima em 21 estações.
A estação meteorológica de Viseu teve, no último dia de julho, uma temperatura máxima absoluta de 38,7 graus. Lá, o IPMA registou médias de 16,8º de temperatura mínima e 32,5º de máxima durante o mês de julho. A mínima mais baixa foi verificada no dia 1, com 11,2º.
Já a 13 de julho, o dia mais quente deste ano no continente e o quinto dia mais quente deste século, Viseu atingiu um novo máximo da temperatura mínima do ar para o mês de julho, com 27,3º, um recorde que não era superado desde 2006, quando registou 25,1º. No mesmo dia, a estação de Nelas foi mais longe com 41,6º de máxima e 28,2º de mínima, o que também indicam novos recordes em relação aos registos anteriores. Ambas as estações meteorológicas tiveram 11 dias seguidos de onda de calor entre 7 e 17 de julho.
Mas, apesar de tudo, Viseu foi a capital de distrito que mais precipitação registou em julho com um total de 27,5 milímetros de chuva, um valor muito superior ao normal para a altura (143 por cento) e também em relação aos valores registados no resto do país enquanto outras estações tiveram zero.
Grande parte dessa chuva foi registada no dia 5, quando surgiram 26,8 milímetros de precipitação. Nesse mesmo dia, as rajadas do vento atingiram os 74,2 quilómetros/hora.
Entretanto, a nível nacional, o IPMA refere que, entre os dias 7 e 14 de julho, “foram registados 98 novos recordes de temperatura máxima, com o maior número de recordes absolutos no dia 14 e mensais no dia 13”.
No mês passado, o valor médio da temperatura média do ar foi de 25,14º, o que representa quase três graus (2,97º) acima do valor normal.
O valor médio da temperatura máxima do ar, com mais de 33º (33,16º), foi o segundo mais alto desde 1931 (desde que há registos), só ultrapassado pelo mês de julho de 2020). Foram mais 4,44º do que o normal.
No documento o IPMA salienta que os quatro maiores valores da média da temperatura máxima em julho ocorreram depois de 2000.
O valor médio da temperatura mínima (17,13º) também foi quase dois graus acima do normal, e foi o quarto mais alto desde 1931.
Durante o mês de julho, diz também o IPMA, os valores de temperatura do ar estiveram quase sempre muito acima do valor normal, com períodos excecionalmente quentes, como entre os dias 7 e 17 e entre 20 e 26, e ainda 29 e 31.
Além dos 47º no dia 14 registados na estação do Pinhão, o IPMA destaca a persistência de valores muito altos de temperatura mínima, média e máxima em vários dias, e diz que o dia 13 foi o dia mais quente deste ano no continente e o quinto dia mais quente deste século.
Tendo em conta a média do continente, o país teve em julho valores médios da temperatura média superiores a 25 graus e valores médios da temperatura máxima superiores a 34 graus em 11 dias consecutivos. E durante três dias seguidos os valores médios da temperatura máxima foram acima dos 38 graus, o que confirma um “caráter excecional” do mês de julho.
Esse caráter excecional, de extremamente quente, contribuiu para que o período de janeiro a julho deste ano fosse o terceiro mais quente desde há 92 anos, só ultrapassado pelos períodos idênticos de 2020 e 2017.
Quanto à precipitação julho foi o quarto mais seco desde 2000, com o total de precipitação a corresponder apenas a 22% do normal.
No fim de julho, em relação ao final de junho, havia “uma diminuição significativa dos valores de percentagem de água no solo em todo o território, que foram mais significativas nas regiões Centro e Sul” diz o IPMA, que realça o aumento da área com valores inferiores a 10% e iguais ao ponto de emurchecimento permanente.
A 31 de julho, com todo o país em seca meteorológica, havia um aumento da área na classe de seca extrema: 55% do território está na classe de seca severa e 45% na classe de seca extrema.