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A inteligência artificial, a democracia, as ideologias e os fanatismos são os temas dos primeiros encontros que serão organizados em 2024 pelo BEIRA – Observatório de Ideias Contemporâneas Azeredo Perdigão.
O projeto, que foi apresentado no último fim de semana e é promovido pela Câmara de Viseu e pela associação Viriatos.14, quer incentivar o debate de ideias e prestar homenagem a José de Azeredo Perdigão, o advogado natural da cidade que foi o primeiro presidente da Fundação Calouste Gulbenkian.
A iniciativa foi apresentada no domingo (10 de setembro) na cerimónia evocativa de homenagem à figura ilustre que morreu há 30 anos. No Conservatório de Música de Viseu, o presidente da autarquia local, Fernando Ruas, anunciou as primeiras conferências do BEIRA no próximo ano.
“A Democracia – Impasses e Desafios”, “Inteligência Artificial e Inteligência Natural”, “Novos Fanatismos na Era do Hiperindividualismo?” e “As Ideologias – em Declínio ou em Desaparecimento?” serão os motes dos encontros internacionais que vão ter lugar em março, junho, setembro e novembro de 2024, em Viseu, e que pretendem reunir vários especialistas nacionais e estrangeiros.
Os promotores do BEIRA dizem que querem “estimular o pensamento crítico” através de conferências, debates, estudos e publicações. Na sessão, Fernando Ruas disse acreditar que esta iniciativa irá “enriquecer” o património imaterial da comunidade.
O autarca considerou também que é preciso homenagear as várias figuras da região e adiantou ter pedido aos responsáveis dos agrupamentos que divulguem os patronos das escolas junto dos alunos. O nome de Azeredo Perdigão está patente na Escola EB 2,3 de Abraveses e no Conservatório Regional de Música.
Também presente na sessão esteve o administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, Guilherme d’Oliveira Martins, que recordou a vida do primeiro presidente da instituição em Viseu e Lisboa. O dirigente considerou que esta foi uma homenagem justa a “um dos grandes portugueses do século XX”.
Nascido em Viseu, a 19 de setembro de 1896, José de Azeredo Perdigão licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e também estudou em Coimbra, onde foi pós-graduado em Ciências Jurídicas. Como advogado, destacou-se em grandes processos civis, comerciais e criminais.
Azeredo Perdigão foi também uma figura de elevada relevância para as artes e a cultura em Portugal. Foi advogado pessoal de Calouste Gulbenkian e herdou a confiança deste milionário que, em testamento, lhe depositou a sua vasta coleção de arte.
Concretizou a criação da Fundação Gulbenkian, em 1956, e assumiu a presidência durante 37 anos. Morreu em Lisboa, a 10 de setembro de 1993.