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Os cinco militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) que perderam a vida após a queda de um helicóptero no rio Douro, em Lamego, foram homenageados esta segunda-feira (18 de fevereiro) em Viseu.
A cerimónia, que decorreu no Solar dos Peixotos, foi pensada pela Liga dos Bombeiros de Portugal e, apesar de divulgada junto da comunicação social, decorreu à porta fechada, a pedido dos familiares das vítimas.
“Procurámos fazer uma homenagem sentida às famílias, dizer-lhes que estamos com eles, que aquilo que precisarem dos bombeiros podem dispor de nós. Entendemos que nestes momentos, quando morre um bombeiro ou um elemento da GNR, em função do socorre e vida, naturalmente que devem ser assinalados”, disse o presidente da Liga aos jornalistas, no final da cerimónia.
António Nunes esclareceu ainda que, apesar de as vítimas não serem bombeiros, estes militares “estiveram lado a lado” com os bombeiros”.
“A Liga dos Bombeiros Portugueses, dentro daquilo que é o espírito de humildade e humanidade que todos os bombeiros têm, achou que os cinco militares que estavam no combate aos incêndios, e que estiveram lado a lado com os nossos bombeiros, eram merecedores de serem reconhecidos como heróis. Todos nós, naquele, momentos, estamos a defender as vidas dos portugueses, os bens e o ambiente”, destacou.
O presidente da Liga disse também que esta foi uma forma de valorizar um “trabalho conjunto e difícil, que muitas vezes não é reconhecido pelos poderes políticos”.
“É preciso olhar para as forças de segurança e socorro, de forma diferente. Os bombeiros têm uma história rica em valores, tradição e identidade. As nossas associações de bombeiros, a maior parte voluntárias, têm muitas necessidades e estamos numa zona do país onde essas necessidades são mais acentuadas”, frisou.
António Nunes deixou o recado ao Governo para que “possa fazer um pouco mais pelos bombeiros”, “designadamente no que diz respeito à carreira para os bombeiros voluntários e o financiamento das associações”.
“Sem que as nossas associações sejam financiadas, mais cedo ou meia tarde, vamos ter problemas na prestação de socorro à nossa população e nós não queremos”, finalizou.
Já Fernando Ruas Fomos explicou que o município foi abordado pela Federação Distrital e que desde o início colaboraram com a organização da cerimónia.
“Fazia sentido que fosse na capital de distrito e acolhemos de início o evento e demos todas as facilidades para que a cerimónia aqui acontecesse”, frisou.
A sessão contou ainda com a presença da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, que recusou prestar declarações aos jornalistas.
O acidente, que aconteceu em agosto do ano passado durante um combate a incêndios rurais, tirou a vida aos cinco militares naturais de Lamego, Moimenta da Beira e Castro Daire. As vítimas tinham entre 29 e 45 anos.
A queda do helicóptero deu-se quando o piloto, único sobrevivente, transportava a equipa de cinco militares da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) de regresso ao Centro de Meios Aéreos de Armamar, onde estava sediada, após um fogo no concelho de Baião.