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Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, esteve esta manhã de quarta-feira em Tondela
A ministra da Saúde admitiu esta manhã em Tondela não conhecer a proposta do Centro de Radioterapia projetado para nascer no Hospital de São Teotónio, em Viseu, mas disse que tudo o que depender do Ministério da Saúde e do Governo, tudo “faremos para que isso aconteça”.
Ana Paula Martins esteve na inaugurou obras de requalificação da Unidade de Saúde Familiar (USF) Cândido de Figueiredo, em Canas de Santa Maria e o Polo do Caramulo da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Campo de Besteiros, num investimento de mais de meio milhão de euros.
A ministra anunciou que serão lançados novos concursos e avisos para conseguir aproveitar “ao máximo” as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em várias áreas como nos cuidados continuados.
“Vamos trabalhar incansavelmente para fazer tudo o que é preciso, lançando novos concursos, novos avisos, para conseguir aproveitar ao máximo aquilo que são as verbas do PRR”, disse Ana Paula Martins.
A ministra lembrou que “numa área tão crítica como são os cuidados continuados, claramente [o objetivo é] fazer a concretização de uma taxa de execução que era, efetivamente, bastante baixa”.
Questionada, então, se o PRR também contempla o Centro de Radioterapia projetado para nascer no Hospital de São Teotónio, em Viseu, a ministra admitiu não saber, remetendo a resposta para o presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Viseu Dão Lafões, ali presente.
“Confesso que não sei os projetos um a um, eles são milhares de projetos, mas há uma coisa que é certa, tudo o que tem a ver com as questões dos equipamentos e nomeadamente equipamentos pesados, há de facto uma verba do PRR muito significativa e que tem uma taxa de execução baixíssima”, acrescentou a ministra.
António Sequeira, que assumiu funções em 02 de agosto, acabou por não prestar declarações aos jornalistas, mas a governante disse que “gostava muito” de, enquanto ministra, ver nascer o centro de radioterapia em Viseu.
“E tudo o que depender do Ministério da Saúde e do Governo, tudo faremos para que isso aconteça”, prometeu Ana Paula Martins.
O Centro de Ambulatório e Radioterapia em Viseu é uma promessa que tem atravessado vários governos e, em 27 de outubro de 2022, iniciou o procedimento de contratação de execução da empreitada da sua construção, com recurso a verbas do PRR.
Nas declarações feitas à margem da inauguração das unidades, Ana Paula Martins assumiu ainda que o plano de inverno do Serviço Nacional de Saúde está a ser trabalhado com “seis, sete meses” de antecedência para antecipar os problemas de inverno que é “sempre de grande pressão” nos serviços.
“O inverno é uma altura muito difícil, se o verão é um momento de grande pressão, o inverno é um momento de uma pressão muito maior e ainda mais significativa”, disse Ana Paula Martins, adiantando que o Ministério da Saúde, a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a Direção-geral da Saúde e as Unidades Locais de Saúde (ULS) estão a “trabalhar com seis, sete meses de antecedência para preparar o mais cedo possível” e conseguirem “os melhores resultados possíveis” para as populações.
Ana Paula Martins disse que o objetivo deste trabalho é que se “consigam antecipar todos os problemas que são diferentes ao longo do país, porque o país não é todo igual” e ter “as melhores escalas possíveis de recursos humanos”.
Questionada sobre a falta de recursos humanos e como é que isso se resolve, a ministra disse que é “exatamente com seis, sete meses de antecedência para perceber quais são as escalas que precisam de maior reforço” e que o tempo é “muito importante” para esse planeamento.
“Naturalmente há sempre um nível de incerteza na Saúde, que não nos permite nunca, isso é completamente impossível, garantir que tudo corre 100%. Agora se não começarmos a trabalhar com antecedência não vai correr de certeza”, disse.
Questionada sobre se as escalas que precisam de maior reforço já estão identificadas, a governante disse que “as ULS estão a fazer esse trabalho, porque esse trabalho é das ULS, dos seus diretores clínicos, dos seus diretores de serviço e dos seus diretores de serviço de urgência”.
A governante reforçou que o inverno, “por natureza, é um período muito difícil” além do verão, porque se juntam “outras situações nomeadamente ao nível das infeções respiratórias que atingem os mais velhos”.
“Daí a campanha de vacinação ser o mais possível antecipada, mas o que quero dizer é que o inverno é sempre um momento de grande pressão sobre os serviços de saúde e que nós, este ano, assim que entrámos, começámos a tratar do plano de inverno”, rematou.