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Viseu, temas autárquicos para 2025

 Viseu, temas autárquicos para 2025
10.01.25
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 Viseu, temas autárquicos para 2025

por
José Junqueiro

A centralidade da vida política em 2025 começa nas eleições autárquicas. As 308 câmaras e as 3091 assembleias de freguesia mobilizarão dezenas de milhares de pessoas candidatas a todos estes órgãos. São aquelas em que os problemas estão mais perto do quotidiano de cada um, aqueles que podem ser resolvidos com o voto local de todos. 

Serão particularmente interessantes, porque mais de um terço das câmaras mudam obrigatoriamente de presidente por terem atingido o limite de mandatos. Rui Moreira no Porto, Basílio Horta em Sintra, Eduardo Vítor em Vila Nova de Gaia, Carlos Carreiras em Cascais ou Ribau Esteves em Aveiro, são alguns dos exemplos mais mediáticos. No distrito serão sensivelmente metade.

Segundo a Ação Socialista e o Povo Livre, há 148 concelhos do PS, em listas próprias e 114 do PSD, incluindo coligações. Em síntese, os dois principais partidos têm, respetivamente 148 e 114 câmaras. Tudo pode acontecer, sendo certo que Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro já exprimiram a mesma ambição: ganhar o maior número de câmaras e, também, o maior número de freguesias. De um modo mais simples, querem obter as presidências da ANMP e da ANAFRE. Veremos.

Quem vai passar aqui o Natal de 2025?Contrariamente a Lisboa, onde o PS parece não ter pressa nem candidato, em Viseu o PS e o PSD estão em campanha ininterrupta, ativa, quente, com os mesmos candidatos, João Azevedo e Fernando Ruas, como principais protagonistas. Temas mobilizadores é coisa que não falta. 

O fim das portagens, a discussão sobre a paternidade do mérito, deu início ao Ano Novo. As pessoas e as empresas já sentem no bolso o alívio concreto. Estão contentes. Agora todas querem ser pais ou padrinhos, mas isso é missão impossível. Li neste jornal, vindo do meio político, que “o mérito é de todos os portugueses”. Concordo, desde que se complete o pensamento: “o mérito é de to os portugueses”, mas dos que votaram a favor, porque os que votaram contra, representados no PSD e no CDS, não têm mérito nenhum. E, nesta matéria, o PS e João Azevedo foram os paladinos que nunca desistiram desta ambição tornada realidade. Com o início breve das obras de ligação a Coimbra em perfil de autoestrada, tal como o há muito definido e concursado, sem portagens e a reabertura da linha da Beira Alta em 2025, estarão conseguidos alguns dos objetivos perseguidos ao longo de anos.

A água, que é nossa, e a sua hipotética concessão a terceiros, às Águas de Portugal, através das Águas do Douro e Paiva, SA (AdDP), que não vão investir um cêntimo na obra, estará na ordem do dia. Refiro-me à nova barragem de Fagilde, anunciada “in illo tempore” pelo então ministro Duarte Cordeiro e cujo estudo é da responsabilidade da APA, Agência Portuguesa do Ambiente. Foi reconfirmada, logicamente, pelo atual governo. A pergunta que se impõe, óbvia, é: por que motivo se entrega a terceiros algo que sempre nos pertenceu e sempre foi gerido por nós e, já agora, pago com os nossos impostos? 

Li que as Águas do Douro e Paiva também acordaram com a autarquia uma estratégia futura de abastecimento a Viseu, com garantia de manutenção de preço, conforme esclarecimento da empresa de 26 de abril de 2024. Ou seja, a empresa, “pro bono”, investirá dezenas de milhões de euros num sistema adutor sem cobrar um tostão, sem mexer na tarifa da água. E porquê? Porque Natal é sempre que a gente quiser. Alguém acha que isto cola, menos a maioria dos presidentes de câmara envolvidos. Lembro que se fala numa nova barragem há mais 30 anos, mas em 30 anos nada aconteceu, nem com a seca de 2017 tocaram as campainhas.

A habitação hoje em dia não é para todos, como se sabe, mas é um direito constitucional de todos. Creio bem que entre nós, tal como no país, com o crescimento meteórico dos preços dos apartamentos e das rendas, se possa vir a reacender a discussão sobre o planeamento urbanístico, a política de solos, sobre uma inadiável “reforma fiscal municipal” ou sobre a estratégia para uma oferta que responda progressivamente à procura. O trabalho feito ou por fazer vai ter peso na decisão das pessoas que aqui querem viver e trabalhar.

A sinistralidade ao nível dos atropelamentos adquiriu velocidade, frequência e gravidade fatal. As medidas concretas para sinalização e iluminação de passadeiras, relocalização de outras e ações públicas de sensibilização a peões e automobilistas, ambos com direitos e deveres consignados no Código Estrada, artigo 101, devem ganhar prioridade dos responsáveis públicos civis e das autoridades. O que se estranha é que, em vez de se reconhecer o óbvio e recuperar o tempo perdido, se desperdice a oportunidade de interiorizar a realidade e estar já a fazer o que tem de ser feito.

Estes foram alguns dos temas mais discutidos em 2024 e continuarão atuais na campanha eleitoral, espero que sem prejuízo de outros igualmente relevantes, como, por exemplo, os da segurança, saúde, centro oncológico, educação, integração social, ambiente ou transição energética. É necessário propor e discutir soluções para que ao votar possamos assumir uma decisão informada.

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