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Viseu: uma “ilha” de cem mil habitantes no Interior de Portugal

 Viseu: uma “ilha” de cem mil habitantes no Interior de Portugal
21.07.24
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 Viseu: uma “ilha” de cem mil habitantes no Interior de Portugal

por
Pedro Baila Antunes

Recentemente, o Instituto Nacional de Estatística publicou dados estatísticos relativos à população residente em Portugal em 2023.
Confirmando os indicadores demográficos de 2022, o concelho de Viseu, significativamente o mais populoso no Interior de Portugal, ultrapassa já os cem mil habitantes.
A população de Viseu é bem superior à de algumas capitais de distrito do Litoral, como Aveiro e aproxima-se de outras, como Coimbra.
Uma tendência de crescimento populacional que já se verificava nos Censos de 2021, onde Viseu e Sernancelhe eram os únicos concelhos do Interior que, entre 2011 e 2021, aumentaram a população.
A partir do Censos 2021 fica também evidente que, à semelhança do todo nacional, em Viseu o acréscimo populacional resulta essencialmente de um saldo migratório positivo, principalmente de cidadãos oriundos do Brasil.
Viseu é o único concelho do Interior que não é classificado como “território de baixa densidade”. Quais são as razões para esta “ilha” que contraria a depressão demográfica e socioeconómica do Interior?

Viseu, nunca baseou a sua atratividade na especialização económica, tão pouco, na produção de bens e serviços transacionáveis. Contrariamente a muitos outros concelhos, historicamente, a industrialização nunca foi uma prioridade estratégica do Município de Viseu.
Já depois de 2013, no quadro de uma ampla estratégia política de marketing territorial, o foco no turismo e no Vinho do Dão foi infrutífero, como se antevia pela falta de condições territoriais para tal e pelas características particulares destes setores.
Posteriormente, a grande promoção de empresas tecnológicas – diversas coladas à emergência das smart cities -, chegou a captar o investimento de empresas de referência. Verificou-se mesmo a criação de centros de inovação tecnológica e de dezenas de postos de trabalho qualificado ou em contact centers. Contudo, este micro cluster – como, à data, muito se propalava politicamente – não ganhou tração ou escala em Viseu.

No concelho de Viseu a reduzida criação de valor, por exemplo a partir produtos endógenos e/ou em setores regionais tradicionais, reflete-se em diversos indicadores socioeconómicos, como o PIB per capita, o rendimento per capita e o poder de compra relativamente reduzidos, comparativamente a outras capitais de distrito, incluindo a maioria do Interior.
Há muito que o comércio e os serviços públicos deixaram de ter em Viseu a expressão de “outros tempos”. Empiricamente, o reduzido movimento de rua no centro da Cidade à “hora de expediente” atesta este facto.
Neste cenário a cidade de Viseu será atrativa para uma população jovem, qualificada e talentosa? Alguns dados demográficos e socioeconómicos confirmam que não. Ainda assim, com exceção destes, Viseu retém população – mais do que outras cidades do Interior – e é atrativa para imigrantes.
Naturalmente, é muito atrativa a reputação da “Melhor Cidade para Viver”. A “Cidade Jardim” tem um metabolismo urbano saudável, que proporciona elevados padrões de qualidade de vida. Vantagem comparativa, que os autarcas de Viseu souberam alicerçar, que poderá ser cada vez mais aliciante com a exponenciação do trabalho à distância. Esta diferenciação positiva é igualmente marcante para captar a residência de trabalhadores de polos industriais vizinhos, como tem sucedido.

Viseu, cidade charneira, na interface entre o Interior e o Litoral, com ótimas acessibilidades (pese a inexistência de linha férrea), agrega ao seu redor uma população aproximada de 300 mil habitantes (a 30 min / 30 km de distância), onde se incluem vários polos industriais.
A dimensão, dinamismo económico e projeção do grupo Visabeira é igualmente basilar para a economia e o emprego empresarial no concelho de Viseu.
Mas o que predomina no Concelho, além do setor público (o grande empregador), são as micro e as pequenas empresas, constituindo um ecossistema empresarial muito diverso, operando dispersamente em múltiplos setores.
Há vários indicadores que demonstram a resiliência, o empreendedorismo e o dinamismo empresarial no Concelho. Por exemplo, a atribuição de galardões e selos de reputação empresariais – como as “empresas Gazela”, as PME Líder ou as PME Excelência – têm crescido nos últimos anos e distinguem Viseu de municípios vizinhos e, inclusive, de cidades nacionais da sua escala.
Será a referida “atratividade orgânica” de Viseu suficiente para manter sustentavelmente padrões de desenvolvimento socioeconómico médios – resilientes e muito competitivos no Interior -, ou será fundamental uma estratégia de desenvolvimento revigorada e mais proativa, atrativa para todos, incluindo jovens qualificados?

 Viseu: uma “ilha” de cem mil habitantes no Interior de Portugal

Jornal do Centro

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 Viseu: uma “ilha” de cem mil habitantes no Interior de Portugal

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