A cidade de Viseu recebe o final da última etapa da 85ª Volta a Portugal em bicicleta. A cidade de Viriato, que é cidade europeia do desporto em 2024, vai ser memorável para aquele que conseguir segurar a camisola amarela ou que a conseguir garantir após a passagem pela meta. Na cerimónia de apresentação da prova rainha do ciclismo português, que, pela primeira vez no século XXI, decorreu fora de Lisboa, o diretor da prova, Joaquim Gomes lembrou que Viseu “fica sempre no caminho da Volta”.
“No meu primeiro ano de diretor da Volta, em 2003, Fernando Ruas, que liderava este município, que tinha uma presença sem regularidade na prova, afirmou Viseu como o mais importante da Volta. Sucessivos inícios e finais de Volta e de etapa com dia de descanso. Entende o Dr. Fernando Ruas, como um homem visionário que, coincidindo este ano, com a cidade europeia do desporto, chamou a si o final da Volta. E com o discernimento de querer levar o contrarrelógio a outras freguesias que sucessivamente têm sido servidas no passado. Estou muito agradecido à aposta que Viseu fez na Volta”, sublinhou Joaquim Gomes.
A derradeira etapa da Volta, vai acontecer a 4 de agosto e atravessa quatro freguesias do concelho viseense: Ranhados, Rio de Loba, Mundão e Abraveses, numa etapa com 26,7 quilómetros. “O contrarrelógio de Viseu é ligeiramente superior ao dos últimos anos, são 26 quilómetros, para fazer o acerto de contas final”, descreveu Joaquim Gomes.
Além de Viseu, o distrito terá também Penedono como ponto atrativo da prova rainha do ciclismo nacional. “A Volta está quase a concluir 100 anos de história. E conseguir encontrar municípios que, ao longo deste tempo, nunca tenham sido local de partida ou chegada, não é fácil. Penedono e Crato são as duas estreias absolutas nesta edição da prova”, vincou Joaquim Gomes. É de Penedono que partem os ciclistas para a quinta etapa que tem meta instalada em Bragança. Vai ser a quinta etapa, pedalada a 30 de julho.
O responsável defendeu que “olhar para uma Volta a Portugal é como olhar para um Jogo da Glória”. “O formato do jogo deve mudar todos os anos. Este ano haverá um início de volta anormalmente exigente”, sublinhou. Para Joaquim Gomes, a etapa da Senhora da Graça será “a mais difícil da Volta.
O presidente da Câmara de Viseu defende que o ciclismo “pode dar lições”. “Devia ser aproveitado como exemplo. Em primeiro lugar vem à casa das pessoas. Depois, faz algo que aconselho que se repita: sai de Lisboa. É bom que os políticos ponham os olhos no ciclismo. É a única forma de se calhar, ajudar na correção de assimetrias”, sugeriu.
A Volta a Portugal em bicicleta vai ter, como tem sido hábito nos últimos anos, o dia de descanso. Nesse dia, os cicloturistas e ciclistas amadores podem participar na Etapa da Volta. Na agenda está um concerto de Carolina Deslandes no Largo da Sé da Guarda, dia 28 de julho, às dez da noite.
A edição 85 da rainha das provas de ciclismo em Portuga arranca em Águeda, no dia 24 de julho e só tem paragem em Viseu, a 4 de agosto. Pelo meio, há um percurso de 1540 quilómetros, com 32 prémios de montanha e 27 metas volante. A Volta vai atravessar, entre outros, Anadia, Miranda do Corvo, Santarém, o bairro de Marvila, em Lisboa, Crato, Covilhã, Sabugal, Guarda, Penedono, Bragança, Boticas, Felgueiras, Paredes, Viana do Castelo, Fafe, Maia, Mondim de Basto e, no derradeiro dia, Viseu. 19 equipas vão competir. Haverá nove portuguesas do escalão Continental e formações de mais cinco nacionalidades.
