Geral

27 de 04 de 2024, 14:05

Colunistas

Os 50 anos do 25 de Abril, dos cravos e das rosas

Passaram quase 50 anos de vida sobre o movimento político militar! Tempo suficiente para nos permitir uma visão objectiva e crítica sobre o acto em si e os seus efeitos na sociedade portuguesa

João Pedro Antas de Barros

Parece que foi ontem que um grupo de jovens militares entrou de rompante no palco da nossa vida colectiva proclamando, com determinação e coragem, que queriam entregar ao nosso País os valores da democracia, da liberdade de opinião e da paz social que, a juntar a outros que já possuíamos, haveriam de constituir os pilares estruturantes de uma sociedade moderna, livre e responsável.
Passaram quase 50 anos de vida sobre o movimento político militar! Tempo suficiente para nos permitir uma visão objectiva e crítica sobre o acto em si e os seus efeitos na sociedade portuguesa.
Há luz da actual situação social parece poder concluir-se que nem tudo evoluiu como tantos esperavam porque, da certeza de ontem, existe hoje um clima de incerteza e frustração bem visível nos vários movimentos sindicais representativos das classes profissionais existentes na nossa sociedade.
Mantém-se a esperança de poder atingir em plenitude todos os objectivos propostos pelo movimento do 25 de Abril de 1974. Mas o tempo para se atingir plenamente o prometido, seja por osmose no coração e na cabeça dos portugueses vai-se esgotando não permitindo ainda afirmar, com muito orgulho, que Portugal está definitivamente a trilhar os caminhos do futuro. Se para muitos cidadãos os cravos continuam a ser o símbolo de progresso prometido, para muitos outros são as rosas que picam e que representam o muito que ainda não conseguiram com lhes foi prometido.
Urge reforçar a ideia de que só trazendo ao campo claro da consciência colectiva tudo o que de bom a nossa História Pátria desenvolveu e encerra nas suas páginas e o que o 25 de Abril prometeu, se honrará Portugal bem como o movimento que os então jovens capitães realizaram.
É necessário fazer coincidir as palavras com os actos. Continuar a cantar o 25 de Abril, sim. Manter os sentidos bem despertos para que o canto coincida com os actos, sim, sim.
Recordar as sábias palavras do antigo Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes, em tempo de comemoração do 25 Abril: “de pé diante dos homens, de joelhos apenas e só diante de Deus” parece-nos ser útil e oportuno.


João Pedro Antas de Barros
Douturado em Ciências da Educação

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