Geral

05 de 05 de 2023, 12:51

Diário

Projeto de autoproteção das populações lançado em Mortágua

"Aldeias Seguras, Pessoas Protegidas" é o nome da iniciativa lançada pela câmara, juntas de freguesia e associações do concelho de Mortágua

mortágua pessoas seguras

Fotógrafo: Câmara de Mortágua

A Câmara, as juntas de freguesia e as associações do concelho de Mortágua estão a organizar um projeto que visa promover a autoproteção das populações perante incêndios e outros fenómenos críticos.

O projeto “Aldeias Seguras, Pessoas Protegidas”, coordenado pelo projeto social CLDS, dá continuidade a outras ações no âmbito da defesa da floresta, prevenção e segurança contra incêndios, e que contaram com a colaboração dos Bombeiros Voluntários locais.

Esta atividade pretende dotar as aldeias de “instrumentos de apoio estabelecendo medidas destinadas a aumentar a segurança de pessoas e bens através da sensibilização para a prevenção de comportamentos de risco, informação sobre medidas de autoproteção, realização de ações que promovam a auto-organização dos habitantes do território e a revitalização das associações”, explica o município.

“A concretização desses objetivos passa pela elaboração de um manual/guia de apoio com informação e identificação de situações de emergência e definição de um plano por tipo de emergência; a elaboração de um plano de evacuação em situação de emergência e de um plano de organização das aldeias com recurso a cartografia; a realização de ações de informação e sensibilização e de simulacros; e a elaboração de material de informação, nomeadamente cartazes e folhetos informativos”, acrescenta.

Sete associações, uma em cada freguesia do concelho de Mortágua, irão funcionar como centros de acolhimento e apoio em caso de necessidade de evacuação de pessoas. São elas as associações de Marmeleira, Cerdeira, Cercosa, Anceiro, Carvalhal, Felgueira e Freixo.

O presidente da Câmara Municipal, Ricardo Pardal (PS), salientou o papel das freguesias e associações na implementação do projeto porque conhecem a realidade de cada aldeia, conhecem a situação das pessoas, onde vivem e como vivem, e funcionam como elos de ligação e comunicação com os vários intervenientes da Proteção Civil.

“Os incêndios de 2017 deixaram uma grande lição para todos nós e temos de estar cada vez mais preparados e sensibilizados para as medidas de autoproteção, para não sermos apanhados desprevenidos. A melhor forma de enfrentarmos as alterações climáticas é a prevenção, é estarmos preparados para os piores cenários em vez de reagirmos apenas no momento e de forma desorganizada. A criação destes pontos de refúgio e abrigo são apenas uma dessas medidas, mas acima de tudo é necessário prevenir e evitar comportamentos de risco, e este projeto contempla também essa vertente informativa e pedagógica”, afirmou o autarca.