Carlos Eduardo

29 de 03 de 2024, 10:33

Diário

Bispo de Viseu apela a que se devolva a esperança ''aos desanimados''

Na habitual mensagem de Páscoa, D. António Luciano defende que o mundo não pode esquecer o aumento de refugiados por causa da guerra e diz que a Páscoa deve ser vivida por cristãos e não só. Todos devem, diz o prelado, aspirar a viver “o dom da paz”

bispo viseu

Fotógrafo: Diocese de Viseu

Paz, esperança e olhar o outro. São três dos pilares da mensagem de Páscoa do Bispo de Viseu, D. António Luciano. O líder da diocese de Viseu manifesta a vontade de que “a luz de Cristo ilumine a terra e traga paz e concórdia a todos os povos e nações. “Que a vida nova, que nasceu da Páscoa em Cristo Ressuscitado, abrace a humanidade inteira e a Igreja, particularmente aqueles que estão marcados pelo sofrimento, dor, abandono, indiferença e pela fragilidade”, escreve D. António Luciano.

“O caminhar juntos protege-nos e ilumina-nos para construir a comunhão, a participação e a missão na vida da Igreja, como aconteceu com os discípulos de Emaús”, complementa.

O Bispo de Viseu critica a indiferença em relação aos refugiados, migrantes e deslocados por causa da guerra e defende que “o mundo não pode ficar alheio”. “Que nesta Páscoa todos aspiremos a viver o dom da paz”, sublinha. O chefe maior da Igreja Católica em Viseu lembra que a Páscoa é a “experiência de passar da morte para a vida, do pecado para a graça”.

Referindo-se a esta quadra como “a festa da passagem da opressão para a verdadeira libertação”, o Bispo de Viseu vinca que “é preciso devolver aos perseguidos, aos desanimados, aos vencidos, aos indefesos, aos destruídos pela guerra, que foram vítimas da violência e maldade dos homens, a certeza que um mundo novo de paz, de justiça, de liberdade e de igualdade é possível”.

E diz que esse papel não cabe apenas aos católicos ou aos cristãos mas “a todos as pessoas de boa vontade, que vivem outras formas de expressar a fé e a religião”. D. António Luciano termina a mensagem de Páscoa com uma mensagem de esperança às comunidades cristãs da Diocese, não esquecendo “governantes, responsáveis de instituições, organizações”.