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30 de 04 de 2024, 15:48

Diário

CIM Viseu Dão Lafões pede prolongamento do prazo dos centros tecnológicos escolares

Assembleia Intermunicipal também aprovou moção pela redução gradual das portagens no interior

Fotógrafo: Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões

A Assembleia Intermunicipal da CIM Viseu Dão Lafões aprovou, por unanimidade, uma moção solicitando a prorrogação do prazo para a construção dos centros tecnológicos escolares (CTE) por mais um ano.

O membro social-democrata António Luís, de Castro Daire, começou por apresentar uma lista com as “dificuldades burocráticas” para chegar à construção dos centros tecnológicos, inclusive com concursos desertos.

“Só foi possível iniciar a contratação pública em 2024, o que atrasou todos os processos, não sendo por isso possível executar as obras” até ao final deste ano, altura em que termina o prazo de conclusão, sublinhou.

Neste sentido, António Luís apresentou uma moção a pedir a prorrogação até 31 de dezembro de 2025 para a conclusão dos centros financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que “têm só três momentos para o reembolso”.

As escolas que, neste momento, procedem à aquisição de bens “só em setembro podem pedir o reembolso, isto é, quando o receberem, já ultrapassou o ano de 2024, ficando impossibilitadas de cumprir 50% do valor da candidatura”, exemplificou.

Nesta circunstância, continuou o membro da Assembleia Intermunicipal, “está obrigada à devolução da verba recebida, inviabilizando a instalação dos CTE, resultando em grave prejuízo para os alunos, para as escolas e para as taxas de execução” do PRR.

“Depois de tanto empenho das escolas para levarem a cabo candidaturas vencedoras, para melhorarem as condições de formação dos nossos alunos, e assim também se esbaterem assimetrias regionais, o fracasso da operacionalização deste projeto vem defraudar as expectativas da comunidade escolar”, sustentou.

António Luís defendeu também a necessidade de “dar orientações à IGF [Inspeção-Geral de Finanças] para executar reembolsos mensais ou, no mínimo, bimestrais para assegurar fluxos financeiros”.

“Na eventualidade de ser possível prorrogar o prazo, aumentar o valor do adiantamento para 90% do valor total da candidatura para permitir a execução das verbas”, refere a moção, que foi aprovada com 39 votos a favor (unanimidade).

Moção pela redução das portagens aprovada, PS abstém-se
Já Pedro Alves, também do PSD, apresentou uma moção a pedir ao Governo “uma redução gradual das portagens no interior, em especial nas zonas de menor densidade”, abrangendo várias autoestradas, incluindo a A24 e a A25.

A moção foi aprovada com a abstenção dos membros do PS. Lúcia Silva justificou com o facto de o programa do anterior governo de António Costa “contemplar essas reduções”.

“Ao longo dos últimos anos têm vindo a ser reduzidas, se calhar nem toda a gente dá conta, mas têm sido reduzidas e o programa do Governo previa chegar à abolição das portagens nessas vias. Por isso mesmo o PS vai abster-se”, explicou.

A moção foi aprovada com 21 votos a favor dos eleitos pelo PSD e 18 abstenções do PS.