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13 de 10 de 2021, 10:10

Diário

Consignado último troço para a modernização da Linha da Beira Alta

Contrato foi assinado com o consórcio que vai realizar a obra no troço entre Santa Comba Dão e Mangualde. A empreitada envolve a requalificação integral do troço com cerca de 40 quilómetros de extensão

linha comboio genérico

Fotógrafo: D.R.

Foi consignada na terça-feira (12 de outubro) a consignação da empreitada do último troço de modernização da Linha da Beira Alta, entre Santa Comba Dão e Mangualde.

A assinatura ocorreu na sede da Infraestruturas de Portugal (IP), em Almada. O secretário de Estado das Infraestruturas sublinhou a importância da empreitada para o transporte de mercadorias em Portugal.

Após a assinatura do contrato com o consórcio Sacyr Somague/Sacyr Neopul, Jorge Delgado admitiu em declarações à agência Lusa que esta etapa se reveste de grande simbolismo.

“O simbolismo deste dia significa que hoje temos mesmo esta Linha da Beira Alta, todo o corredor internacional Norte, em fase de obra. Já não há dúvidas sobre o que está no terreno. Temos o grande objetivo de conclusão deste projeto até 2023 e, conseguindo hoje consignar mais este troço, mantemos a nossa expectativa de o conseguir”, disse.

Num investimento de 57,6 milhões de euros, esta obra é desenvolvida no âmbito do Programa de modernização da Rede Ferroviária Nacional, Ferrovia2020, que vai aumentar a capacidade de transporte ferroviário.

“A importância da obra é enorme porque, com este tipo de obras, vamos conseguir dinamizar de uma forma particularmente relevante todo o transporte de mercadorias em Portugal. São estes eixos, o corredor Sul e Norte, que vão permitir ampliar de uma forma enorme a capacidade de transporte de mercadoria por via ferroviária”, referiu.

A empreitada que agora tem início, envolve a requalificação integral do troço com cerca de 40 quilómetros de extensão, entre as estações ferroviárias de Santa Comba Dão e de Mangualde, dotando a via-férrea de maior capacidade operacional e melhores condições de segurança e circulação, beneficiando não só o transporte de mercadorias como também as viagens de comboio de passageiros nas ligações inter-regionais.

“Vamos poder ter comboios maiores, com 750 metros, e aumentar a capacidade do número de comboios que podem circular na Linha e vamos torná-los mais interatuáveis. Isto além da questão ambiental e da eletrificação que, no caso da Beira Alta, já existia”, disse Jorge Delgado.

O secretário de Estado das Infraestruturas, que se mostrou otimista em relação aos objetivos traçados até 2023, frisou a importância de aproveitar da melhor forma os fundos europeus.

“É fundamental do ponto de vista económico porque vai criar condições muito particulares e muito melhores para o transporte de mercadorias por via-férrea e porque vamos conseguir cumprir com as metas que temos como objetivo para 2023, não desperdiçando fundos europeus que são tão importantes não desperdiçar”, afirmou.

Com o início desta empreitada, a IP está atualmente a realizar obras de requalificação integral e modernização no valor de cerca de 300 milhões de euros, numa extensão de cerca de 190 quilómetros da Linha da Beira Alta, pertencendo 45 desses quilómetros ao troço entre Santa Comba Dão e Mangualde que foi consignado hoje.