Geral

02 de 03 de 2024, 11:49

Diário

Eleições: Fogo de artifício para jantar/comício do Chega em Campia

Cabeça de lista por Viseu diz que 'cavaquistão' vai passar a ser o 'venturistão'

Chega


Uma quinta cheia de luz, pendões com bandeiras ao longo da entrada e quase cinco minutos de fogo de artifício. Assim foi a chegada de André Ventura ao local onde na noite desta sexta-feira juntou cerca de 300 apoiantes num jantar/comício em Campia, Vouzela. O líder do Chega não apareceu acompanhado pela “noiva”, mas a aguardá-lo estavam os apoiantes com as bandeiras do partido e de Portugal. E tal como nos casamentos, a música ao vivo acompanhou o jantar.
Já durante o discurso, André Ventura disse que o distrito de Viseu é "um entre muitos distritos a que o país falhou, mas aqui talvez seja mais visível como as promessas de 50 anos de PS e PSD falharam".
"Não há TGV nem há [linha ferroviária da] Beira Alta porque eles simplesmente fazem promessas para nos enganar, eles sabem que não as vão cumprir, e nós é que temos sido os idiotas úteis de PS e PSD nos últimos anos", acusou.
Considerando que "isso tem que acabar agora", o líder do Chega defendeu que "pela primeira vez" em 50 anos de democracia existe a "oportunidade de quebrar o ciclo do bipartidarismo".
Durante estes anos, criticou, foram criados "vícios" e "maus hábitos" e a "corrupção enraizou-se em todas as esferas da sociedade".
"Agora só vai lá com uma rutura, isto já não vai lá com meias palavras nem com a mudança do rosa para o laranja [...] Nós temos de sair da lama da corrupção e só o Chega é que pode levar o país a sair da lama da corrupção", salientou.
Também o cabeça de lista do Chega falou de alterações climáticas e ironizou: "Nunca se viu tal coisa, tempestades no inverno, é mesmo alterações climáticas. Só falta que no verão venha calor".
Ventura falou também de agricultura, que considerou ter sido "destruída e desbaratada" e alertou que "rapidamente pode entrar em colapso". 
Voltando a comentar também as declarações do cabeça de lista da AD por Santarém sobre alterações climáticas, o presidente do Chega disse existir um "extremismo climático" que classificou como uma "obsessão descontrolada com destruir tudo o que é moderno, gera riqueza e rendimento", e criticou que "hoje argumento climático serve para tudo".
"Estes pseudo-ambientalistas que se infiltraram no PS, na CDU, no BE, no Livre e no PAN têm mais amor a uma coisa, o que eles gostam mesmo é de nos sacar impostos para continuar a financiar as clientelas políticas", acusou.
André Ventura voltou a comprometer-se a, se for governo, lançar "um programa de emergência e apoio à agricultura".
Já o cabeça de lista por Viseu, João Tilly afirmou que "tudo o que aconteceu no distrito de Viseu foram promessas e nada mais" e salientou que o Chega quer "mudar o estado de coisas".
"Ainda somos o 'cavaquistão', mas Viseu vai deixar de ser 'cavaquistão' para passar a ser o 'venturistão' a partir deste ano", defendeu.