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23 de 04 de 2024, 18:30

Diário

Há jovens a caminho de serem padres na Diocese de Viseu

Diocese de Viseu pode ter dois futuros sacerdotes que, no passado fim de semana, passaram a ser acólitos. Alexandre Ribeiro e Eduardo Abrantes receberam o ministério nas paróquias de Rio de Loba (Viseu) e de Junqueira (Vale de Cambra)

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Numa altura em que a Igreja Católica vive vários desafios, a Diocese de Viseu poderá vir a contar com dois futuros padres que, no passado fim de semana, passaram a ser acólitos.

Os jovens estagiários Alexandre Ribeiro e Eduardo Abrantes receberam o ministério nas paróquias de Rio de Loba (Viseu) e de Junqueira (Vale de Cambra), respetivamente, naquele que é mais um passo no percurso para os jovens “se tornarem futuros sacerdotes” da Diocese de Viseu.

Citados numa nota da Diocese, Alexandre Ribeiro e Eduardo Abrantes dizem que estão “a fazer o seu percurso” para virem a ser “padres próximos das pessoas, com abertura, presença e escuta para levar Jesus a todos”.

Os dois jovens, que concluíram o mestrado de Teologia em Braga, viveram no Seminário Interdiocesano de São José, em Braga, e têm pela frente as ordenações de diácono e, posteriormente, sacerdote. Querem ainda ser “empenhados junto das suas comunidades, contribuindo para uma Igreja viva e aberta a todos”.

O bispo de Viseu, D. António Luciano, disse que os jovens ficam agora com a responsabilidade de “ajudar os presbíteros e os diáconos no desempenho das suas funções e de distribuir aos fiéis, incluindo os doentes, como ministro extraordinário, a sagrada comunhão”.

Alexandre Ribeiro, de 28 anos, é natural de Destriz, no concelho de Oliveira de Frades, e está agora a fazer o estágio pastoral em Rio de Loba (Viseu). Desde pequeno que se recorda de gostar de ir à missa e à catequese. Mas foi através do Grupo de São Paulo, que junta jovens e adultos com mais de 18 anos, que se aproximou do caminho de seminarista.

Em setembro de 2017, Alexandre Ribeiro entrou no Seminário Interdiocesano de São José, em Braga. Agora, diz que está a ter “uma experiência interessante, em contacto com as comunidades”.

Também Eduardo Abrantes, de 25 anos e natural de Cunha Baixa (concelho de Mangualde), diz que sempre foi à missa “com gosto”. Contudo, admite que o “despertar para a vocação sacerdotal” aconteceu quando houve uma mudança de pároco.

“Tínhamos um padre bastante idoso e depois chegou outro, acabado de ordenar, e toda a paróquia floresceu”, conta. Em 2009, Eduardo começou a participar nos encontros do Pré-Seminário e, em 2014, entrou para o Seminário, onde realizou os estudos em Teologia. Desde setembro do ano passado, está a fazer estágio em nove paróquias nos concelhos de Vale de Cambra e de São Pedro do Sul.

“Está a ser uma experiência muito boa. Ajudo na celebração da eucaristia, acolitando já na missa, vou acompanhando as catequistas e estou responsável pelo grupo de jovens na Paróquia de Junqueira”, diz, realçando o bom acolhimento que teve tanto dos paroquianos, como dos sacerdotes que o acompanham.

Sobre os desafios que a Igreja Católica enfrenta hoje, os futuros sacerdotes destacam a necessidade de levar mais jovens e envolver as famílias tendo em conta a agitação social que consideram ser “um obstáculo para criar vinculação com a própria comunidade”.

E aconselham outros jovens a “não terem medo de seguir o seu próprio caminho e vocação e que arrisquem”.