Geral

29 de 07 de 2022, 19:11

Diário

Barragem do Vilar apenas com 14 por cento da capacidade

Albufeira está com níveis historicamente baixos de capacidade. Comandante dos Bombeiros de Moimenta da Beira não esconde a apreensão com o estado da barragem

Barragem de vilar vazia

Fotógrafo: D.R./Paulo Pinto

Os aviões de combate aos incêndios ainda podem recolher água na Barragem do Vilar, isto apesar dos níveis historicamente baixos na albufeira que, segundo os mais recentes dados da Agência Portuguesa do Ambiente, está apenas com uma capacidade de 14 por cento.

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Moimenta da Beira não esconde a apreensão com o estado da barragem que serve o norte do distrito de Viseu. José Requeijo teme que a seca comprometa o combate aos incêndios na região.

Também segundo o comandante, se os aviões ainda podem recolher água, já os meios aéreos mais pesados podem ter dificuldades em fazê-lo devido precisamente à pouca água que resta no Vilar.

“Neste momento, os aviões ainda podem e ainda estão a recolher água, mas o nível demasiado baixo da água faz com que, durante a semana, surjam novos obstáculos e alterações no percurso da barragem para que possam encher com segurança. No entanto, a percentagem é baixa e podem estar em causa operações de aviões de maior porte em dias com condições meteorológicas menos calmas, como os ventos”, afirma.

Esse cenário ainda não aconteceu este ano, mas a Barragem do Vilar é uma referência na época de fogos. Nos últimos anos, a albufeira recebia vários aviões que iam abastecer-se de água para combater as chamas.

José Requeijo garante que, até agora, “felizmente, ainda não houve nenhuma necessidade de fazer intervenção com meios pesados”.

“Noutros anos, viam-se com mais frequência aviões que vinham fazer aqui o abastecimento de água para operações de incêndios. Só que, este ano, não se tem visto e, portanto, poderá também estar aí essa dificuldade”, conclui o comandante dos Bombeiros de Moimenta da Beira.